terça-feira, 7 de julho de 2009

O Rio Grande canta o cooperativismo - 1ª Etapa, em Porto Alegre

O salão de eventos da Sogipa, em Porto Alegre, acolheu, na noite de sábado, 04 de julho de 2009, a primeira etapa classificatória do festival "O Rio Grande Canta o Cooperativismo". Concorreram dez canções, tendo sido classificadas quatro para a grande final que acontecerá no mes de novembro próximo. A comissão avaliadora, formada por Eraci Rocha, Raul Amaral, Fátima Gimenez, Camargo e Oscar dos Reis, apontou três classificadas e o público, através de votação em cédulas, determinou a quarta finalista.

Foram classificadas as seguntes músicas:

1. NUM RIO DE SONHAR

Letra: Fernanda Irala Gomes
Melodia: João Bosco Ayala Rodriguez
Intérpretes: Juliana Spanevello e Jean Kirchoff

2. A UNIÃO DAS PALAVRAS

Letra e Música: Adão Quevedo
Intérprete: Robledo Martins

3. EU ACREDITO NA TERRA

Letra: Valdir e Adelmir Disconzi
Música: Sérgio Rosa

Intérprete: Nilton Ferreira

4. IGUAIS AS CIGARRAS (escolhida pelo público)

Letra: Armando Vasquez
Música: Adão Quintana e Daniel Freitas dos Santos
Intérpretes: João Quintana e João Walter

O Festival "O Rio Grande Canta o Cooperativismo" é promovido pelo Sistema Ocergs-Sescoop/RS com o apoio das cooperativas do Estado. Seu objetivo é promover e valorizar o cooperativismo através da música gaúcha. Além da Etapa Porto Alegre, acontecerão classificatórias nos municípios de Marau, Santa Maria e São Luiz Gonzaga. A final será em Gramado. Todas as composições finalistas farão parte do CD e DVD do evento.

*Fonte: Blog Jairo Reis - www.jairoreisrs.blogspot.com

Entrevista (repostada) - Mauro Moraes

O De terra, campo e galpão reposta desta vez, uma entrevista feita feita com Mauro Moraes através do blog De campo e alma. Confira:

Mauro Moraes abre cancha com seu 13º CD: Fronteira


Mauro Moraes, um dos grandes compositores da música nativista, lançou recentemente o seu 13º CD intitulado “Fronteira”. As suas temáticas campeiras e a vida do fronteiriço descrita em versos são algumas características de seu trabalho. Veja a seguir, a entrevista concedida ao “De campo e alma”:

Por João Cléber Caramez


1 - Como foi a concepção do teu 13° CD - Fronteira - recentemente lançado?
Moraes- A idéia era de cantar e contar a fronteira sua gente, suas pacholices, lides e gauchadas. Os temas foram cuidadosamente elaborados variando hora do imaginario artístico, hora de experiências vividas do autor e de seus parceiros (todos de fronteira) como Anomar Danúbio Vieira, Evair Gomes, Gujo Teixeira, Fernando Soares. Inclusive, a canção que empresta o título FRONTEIRA foi composta em parceria com Anomar especialmente para o CD já com o pensamento voltado para a participação especial da dupla Cesar Oliveira e Rogério Melo até mesmo antes de convidá-los.


2 - Anos atrás, tu disseste que não tinha pretensões de ser cantor. Como tu firmaste essa idéia e continuas cantando?
Moraes - É verdade mas existem várias maneiras de exercitar a composição e eu descobri que a visão e a sonoridade das palavras, só o autor consegue identificar sua verdadeira definição, assim tenho me dedicado e dentro dos meus limites tenho alcançado progressos.


3 - Qual tua opinião sobre as parcerias musicais com as que tu já fizeste com César Oliveira e Rogério Melo, Luíz Marenco...?
Moraes - Tenho uma gratidão com todos aqueles que ao emprestar sua vocação artística, qualificam por demais meus trabalhos dando vida e alma aos mais variados temas e melodias. Para estar comigo não basta ser talentoso tem que ser meu amigo, confiar e acreditar naquilo que penso, escrevo e componho, então a partir disso tenho sempre que possível convidado alguns para participar.


4 - Qual foi o melhor disco pra ti, aquele que mais te emocionou?
Moraes - Não tenho o melhor disco, todos tem a sua emoção, sua inspiração, sua importância, alguns mais, outros menos mas na média tudo foi muito prazeiroso fazer. Tenho sim, muita saudade de alguns amigos que juntos colaboraram para que tudo desse certo MARCELO CAMINHA, DIEGO CAMINHA, EDILBERTO BERGAMO, LUIZ MARENCO, JOSÉ CLÁUDIO MACHADO e BEBETO ALVES, gente que hoje tenho visto muito pouco mas os tenho guardado dentro do meu coração.


5 - O campo, suas peculiaridades e Uruguaiana são temas bastante comuns em tuas composições. Fale um pouco para nós sobre a tua inspiração para compor.
Moraes - O campo é uma fonte inesgotável e quanto a compor, componho por intuição, lido muito com meu estado de espírito e a inspiração é a minha melhor amiga. Uruguaiana - muita falta, muita saudade de tudo e de todos...


6 - Muitas premiações em festivais, discos bem aceitos no cenário nativista, mas quais são os teus objetivos? Tu almejas realizar algo que ainda não teve oportunidade?
Moraes - Meus objetivos ainda são os mesmos, continuar a fazer amigos, compondo com a vida, mateando e tocando violão. Quanto ao resto eu sei o que eu não quero almejar: Conquistar a distante e burra unanimidade sobre tudo que escrevo.

7 - O mate está lavado e a milonga silenciou. Deixe um chasque bem gaúcho para os amantes do nativismo e da musicalidade única de Mauro Moraes.
Moraes - Bueno então algo para pensar "A profundidade de analise de alguns nas artes, nas letras, uma formiga passa com água pelas canelas", no más era isso, me queiram bem que não custa nada, baita abraço!

Entrevista (repostada) - Fabiano Torres

O blog De terra, campo e galpão traz mais uma entrevista feita através do blog De campo e alma, com o gaiteiro Fabiano Torres. Confira:

Gaiteiro Fabiano Torres vive grande momento da carreira

Fabiano Torres, músico e instrumentista de Sant’ana do Livramento, é uma das grandes afirmações do nativismo gaúcho nos últimos anos. Nascido e criado na campanha gaúcha, trouxe o dom de ser gaiteiro.Influências não faltaram e apesar das dificuldades,vive um grande momento de sua carreira,premiando o seu trabalho e dedicação. Veja a seguir, a entrevista feita durante a 3ª Manoca do Canto Gaúcho, em agosto:



Por João Cléber Caramez


Quando foi o teu inicio no nativismo?
Sempre gostei da gaita,desde pequeno aos nove anos ganhei o primeiro instrumento.
Uma gaita de oito baixos,através dela conheci o Leonel Gomez com quem fiz as minhas primeiras aulas. Outras pessoas também foram fundamentais nessa etapa como
o Valter Vargas,Sandro Malcorra com quem depois fiz parceria no Grupo Fronteira e o Marcelo Nunes.Outro ponto fundamental foi integrar o Grupo Charla de Fronteira no qual me aprofundei mais ainda na musica nativista.

As tuas participações em festivais começaram de que forma?
A minha primeira participação foi na 1ª Vertente do Canto Nativo em Sant’ana do Livramento,festival esse que recebi o troféu de melhor instrumentista. Logo em seguida participei da 1ª Canoa da Canção Gaúcha, na cidade de Canoas em 2004, no qual tive a oportunidade de conhecer o poeta santanense Eduardo Soares que foi referencial para que eu integrasse a banda do Joca Martins.Trabalhei com o Joca por alguns meses e comecei a ter contato com outros músicos no qual trabalho e me relaciono até hoje.

Quais são as tuas principais premiações nos festivais nativistas?
Tive a oportunidade de conquistar alguns prêmios como esse que recebi agora, o de melhor instrumentista da 3ª Manoca do Canto Gaúcho na fase local e geral. Também fui premiado no Um canto para Martin Fierro –Sant‘ana do Livramento,Coxilha Nativista – Cruz Alta,Sapecada da Canção Nativa- Lages/SC,Minuano da Canção Nativa –Santa Maria,entre outros prêmios de forma coletiva.


Quais são os teus objetivos na seqüência da carreira?
Pretendo continuar tocando gaita porque amo fazer isso e gana não me falta. Acredito que todos os músicos têm que dar o melhor de si quando sobem ao palco,tocar com o coração,com a alma. Precisa ter humildade e dedicação,tratar a música com respeito e trabalhar para alcançar os objetivos.

Qual é a tua opinião sobre a juventude que está ingressando no nativismo?

Sobre essa questão acredito que eu ainda sou um desses jovens, porque eu ainda tenho muito a aprender e absorver o conhecimento dos mais experientes.
Os festivais estão repletos de caras novas e assim, esse pessoal vai dando continuidade ao que vem sendo realizado e o nativismo vai se renovando. Os poetas que surgem também são fundamentais, porque deve ter uma perfeita harmonia entre letra e melodia. Precisam retratar com muita sensibilidade ao que se referem.
O importante é que a qualidade musical está se mantendo e que esses novos músicos vêm com muita gana de fazer bonito e por isso estão se aperfeiçoando cada vez mais. Acredito na união e o ponto mais importante para mim é a humildade.
Devemos nos unir e sermos humildes, respeitando o espaço dos mais “velhos” pois eles são os “troncos” do movimento nativista, não podemos querer “crescer” mais que eles mas sim aprender com eles.Hoje em dia, os espaços são maiores tanto na parte da organização dos festivais como na mídia, a imprensa faz um trabalho muito bem feito e devemos colaborar pois eles são os maiores divulgadores do nosso trabalho.Acredito na união das raças e culturas, pois, temos um folclore muito rico e podemos aproveitar muitas coisas boas dele, assim como as nossas crianças que convivem nesse meio aprendendo o que é identidade cultural e respeitando as outras manifestações como no projeto que esta sendo realizado aqui em Santa Cruz do Sul.

Sensitivo para retratar suas benquerenças

Juliano Gomes, músico de Santana do Livramento, não é desses músicos convencionais. Não faz música para vender, mas para sentir. É assim que podemos defini-lo. Premiado em muitos festivais, é o atual vencedor do festival de sua terra: Um canto para Martin Fierro. A composição Batismo, uma parceria com Sérgio Carvalho Pereira, foi a mais premiada de todas as edições.
Mais um "aluno" de Leonel Gomez, destaca-se ao lado de outros artistas como Marcelo Oliveira, Lisandro Amaral, Fabiano Torres, Luciano Fagundes e tantos outros que conquista pela estrada. Dessa parcerias, surgiu "Sensitivo". Um trabalho intimista que envolve a participação, além dele, dos compositores Evair Suarez Gomes e Fernando Soares, além da qualificada interpretação de Luíz Marenco e a participação especial de outros grandes intérpretes.
Essa proposta parte da intenção de regsitrar algumas músicas de festivais, já que são poucos CD's que chegam ao público. Além disso, são músicas para retratar a cultura gaúcha, principalmente fronteiriça, de grande sensibilidade. Canções que realmente nos tocam. Vem por aí um novo projeto chamado"Benquerenças", ao lado do talentoso André Teixeira...
Te convido a conhecer um pouco mais deste grande nome do nativismo, nesta entrevista cedida ao De terra, campo e galpão:




Por João Cléber Caramez



Capa do CD Sensitivo

3 - Quais são as principais temáticas presentes na obra?

O disco "Sensitivo" trata do campo quase que especificamente. Só que a verdade do campo não é o que muitos falam, como chegar do campo e tocar um violão na frente do fogo. Esse nosso trabalho fala do homem de campo, da lida bruta, dos seus sonhos, suas paixões, das gauchadas.

4 - Evair Suarez Gomes gosta muito de trabalhar suas letras em espanhol. Podemos esperar muitas canções nesse estilo?

O Evair é como se diz... doble-chapa. Nasceu em Santana do Livramento, mas morou muito tempo do outro lado da linha, em Rivera (Uruguay). Por isso escreve muitos de seus trabalhos em espanhol ou em portunhol que é a língua falada na fronteira.

5 - Qual é o grande objetivo desse trabalho?

Sensitivo tem como objetivo maior o registro de um trabalho que já fazemos há algum tempo. Um trabalho sério que procura falar de uma maneira clara e objetiva das coisas do campo. Procura mostrar também a influência direta da cultura argentina e uruguaya que temos em nossas obras.

Participação do programa Galpão Nativo, da TVE


6 - Tu acreditas que os trabalhos lançados pelo cenário nativista são bem divulgados e tem boa aceitação pelo público?

Aí é que está o foco que deve ser abordado. A divulgação. Vivemos num mundo que se diz globalizado, mas que só divulga o que é comercial. O que é comercial vende e o que é mais intimista fica nas prateleiras. A música é muito importante para a cultura de um povo. Para ser sincero, não quero que meus filhos e meus netos cresçam ouvindo só o que a televisão nos impõe. Quero deixar para eles algo de bom e produtivo. Algo de fundamento.

7 - Nos festivais, quais são as tuas participações mais recentes? E as principais premiações?

Comecei nos festivais no ano de 1988 tocando gaita de botão. Com o tempo, peguei apreço pelo violão e pelo baixo. Eu já tinha em anos anteriores algumas parcerias com o Joca Martins e o Adriano Gomes. A partir de 2001, comecei a compor mais e levar a composição mais a sério. Já fui premiado em festivais como Sapecada, Martin Fierro, Vigília, Gauderiada, Reculuta, Ronda de São Pedro, Nevada, Ponche Verde, Canto dos Cardeais, Canto sem fronteira, Galponeira, etc.

Premiado durante o Martin Fierro: Batismo

8 - Conte um pouco da tua trajetória musical e deixe um chasque para os teus admiradores.




Acesse o blog: www.julianochamacogomes.blogspot.com
*Fotos: Blog Juliano Gomes

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Entrevista (repostada) - Marcelo Oliveira

O De terra, campo e galpão posta mais uma entrevista feita através do blog De campo e alma. Confira:


Entrevista:Canário mostra toda a virtude do seu canto

Marcelo Oliveira, cantor nativista reconhecido pela sua voz única e incomparável e por suas canções repletas de amor e muito sentimento pelo campo, fala sobre a sua carreira e suas participações nos festivais do estado. Através deles, Marcelo se firmou como um dos principais intérpretes do nativismo com suas constantes premiações. Acredita que os músicos com que convive como Lisandro Amaral, Luciano Fagundes, Cristian Camargo e tantos outros, fazem parte de sua família em razão dos fortes laços de amizade criados pelos anos de convivência. Veja a seguir, a entrevista concedida pelo “Canário” ao De campo e alma:


Por João Cléber Caramez

1 – Como começou tua carreira no cenário nativista?
Marcelo
- Eu comecei minha carreira músical como a maioria de meus colegas, cantando em concursos de intérprete vocal e participando de rodeios. Foi em 1997 quando conheci pessoalmente Luiz Marenco, que foi meu maior incentivador e através dele, subi num palco de festival, amadrinhado por Fabiano Bacchieri.

2 – Tu já estas trabalhando no lançamento de um novo CD?
Marcelo - Ainda não. Tenho projetos em andamento, ainda divulgo e trabalho com o CD Rincão da Alma, que há pouco foi lançado. Acho que tem muito a ser tocado ainda.

3 – “Rincão da Alma” rendeu os resultados esperados?
Marcelo - Como eu vinha falando, é um CD que tem muito a ser tocado ainda, mas considero como um grande amadurecimento de minha carreira musical.

4 – Quais são as tuas principais referências na música?
Marcelo - Bueno, tenho muitas referências musicais. Vou citar artistas que apontaram sem sequer saberem o caminho que percorro. São eles: Luiz Marenco, Fabiano Bacchieri, Noel Guarany, Cenair Maica, Eron Vaz Mattos e Alfredo Zitarrosa posteriormente.

5 – Fale um pouco sobre a tua recente trajetória nos festivais?
Marcelo - Bueno. Considero que minha trajetória seja como uma estrada de aprendizado, pois, apesar de aparecer menos no cenário dos festivais ,de dois anos pra cá, sempre quando posso participar é uma nova experiência e um novo prazer. Ao longo de nove anos de carreira em festivais e fora deles, eu cresci muito como artista e principalmente como homem. Devo a minha vida e amadurecimento pessoal aos festivais.


6 – Como é o teu relacionamento com os teus grandes parceiros musicais?
Marcelo - Meu relacionamento é o melhor possível. Formamos uma família onde trocamos experiências e muita cumplicidade. Nos entendemos apenas com um simples olhar!É maravilhoso!!!

7 – Quais são as composições que tu consideras mais marcantes na tua carreira?
Marcelo
- Composições marcantes têm várias, porque em cada cidade em que a gente se apresenta, tem uma música que as pessoas pedem com mais fervor. Isso se dá, por estarmos sempre no meio dos festivais, que serve de laboratório pras composições serem apartadas e inseridas nos cds que a gente grava. (geralmente é assim). Mas cito duas músicas que não posso deixar de tocar: Campo e Luz e Campeiros, ambas do primeiro CD.

8 – Deixe um chasque para todos aqueles que admiram o teu trabalho.
Marcelo
- Quero dizer que o que faço é por amor a esta terra e às pessoas que lutam pela cultura da terra. Queria agradecer o carinho que as pessoas tem comigo e dizer que estarei sempre retribuindo através de música! Gracias João Caramez pelo carinho e oportunidade de resumir meu caminho e meu pensamento! Fiquem com Deus e se Deus quiser nos encontraremos ao vivo.

César Oliveira e Rogério Melo - Procedência

- PROCEDÊNCIA -


Procedência é o nome do novo trabalho de César Oliveira e Rogério Melo, um álbum composto por dois discos: “Apegos e Anseios do meu Canto”, no qual César Oliveira interpreta canções de Rogério Villagran, e “Regional”, onde as composições de Anomar Danúbio Vieira recebem a interpretação de Rogério Melo. Como não poderia deixar de ser, César e Rogério cantam juntos em cinco faixas de cada um dos discos.
O álbum foi nomeado a partir de sua proposta: a de mostrar a procedência, as origens musicais, de cada um dos artistas. Neste sentido, “Apegos e Anseios do meu Canto” apresenta um resgate do início da carreira de César Oliveira e mostra sua forte identificação com o folclore dos países do prata. O CD traz, em sua maioria, composições inéditas de Rogério Villagran, parceiro desde o início de sua trajetória, quando ambos participavam dos festivais nativistas.
Os arranjos do disco são primorosos e se valem de instrumentos que dão um tom especial às músicas como é o caso da harpa paraguaia em uma polca; dos arranjos de piano em chacarera; e o violoncelo em uma milonga. A produção musical é assinada por Marcello Caminha.Já em “Regional”, Rogério Melo interpreta composições de Anomar Danúbio Vieira sob a produção musical de Luciano Maia. A sonoridade deste disco remete mais ao trabalho atual do dueto e representa bastante bem a identificação musical de Rogério com a música crioula e o regionalismo gaúcho.
Há um vasto leque de ritmos que compõem o repertório como polca, milonga, rasguido, vanera, entre outros, que sempre são valorizados na discografia de César e Rogério. A trova, importante e muitas vezes esquecida manifestação artística do folclore rio-grandense, também recebe destaque através da música “Velório do Juca Torto”.Em suma, o projeto “Procedência” visa prestigiar os compositores que são parceiros de César e Rogério desde o início de suas carreiras e também expressar um pouco das referências e influências de cada um dos artistas.
Exatamente esta individualidade de estilos apresentada no álbum é que, somada, enriquece e engrandece o trabalho do dueto. Este lançamento é a primeira parte de um projeto mais amplo que culminará em um DVD comemorativo aos dez anos da carreira de César Oliveira e Rogério Melo.


CD 1 - APEGOS E ANSEIOS DO MEU CANTO
CÉSAR OLIVEIRA canta Rogério Villagran

01- Apegos e Anseios do Meu Canto
02- Pra um Tal de Eloí Pechada
03- Assim Sou Eu e Me Vou
04- Domador Loco
05- Frente Ao Teu Grito de Forma
06- Leguera
07- Junto ao Balcão do Bolicho
08- Na Farra
09- Abagualado
10- Menos Que Deus Porém Mais do Que Um Homem
11- Onde um Guaxo Dobra os Punho
12- Xucro Encanto
13- Quando Se Agranda um Fronteiro
14- Milonga do Pealador
15- Noite de Ronda Redonda


CD 2 - REGIONAL
ROGÉRIO MELO canta Anomar Danúbio Vieira

01- Regional
02- Não é Por Nada
03- Redomona
04- Velório do Juca Torto
05- De Cacho Atado
06- Se Bamo Embora
07- Fronteira
08- Estâncias da Fronteira
09- Graças a Deus
10- A Pau e Grito
11- Por Aí
12- No Cantar Das Nazarenas
13- Retrato Gauchesco
14- Chacarera da Coragem
15- Tempo Feio

Entrevista (repostada) - "Gaúchos" : Robledo Martins & Rui Carlos Ávila

Em entrevista cedida no final do ano passado, para o De campo e alma, Robledo Martins e Rui Carlos Ávila estavam na fase de gravação do seu primeiro trabalho em dupla. A previsão era de lançamento em março, mas por alguns motivos, a data foi alterada e dessa forma, o CD foi lançado oficialmente no último dia 10, para a alegria do público nativista que esperava com ansiedade pela chegada de uma nova idéia que os Gaúchos trazem com sua música. Veja a entrevista, agora postada pelo De terra, campo e galpão:




Entrevista : Robledo Martins e Rui Carlos Ávila lançam em março o disco "Gaúchos"

Robledo Martins e Rui Carlos Ávila são dois grandes intérpretes da música nativista e agora apostam em um trabalho em parceria com previsão de lançamento em março do ano que vem. “Gaúchos” é o nome desse grande projeto, que conta com a participação de outros músicos renomados como Luiz Marenco, além de reconhecidos poetas do cenário gaúcho. Veja a seguir a entrevista que fizemos com a dupla:



Por João Cléber Caramez

1 - Como surgiu a parceria entre vocês para a gravação do disco?

R&R – A consolidação da nossa parceria musical aconteceu quando fizemos a melodia da música “Ante as Ruínas Missioneiras” com letra de Noel Guarany, João Sampaio e Marcos Aquino, posteriormente defendida na Manoca do Canto Gaúcho em Santa Cruz do Sul, onde tivemos a alegria de recebermos o segundo lugar do festival. A partir deste momento, sentimos que poderíamos colocar em prática o projeto de gravação de um novo cd com união de nossas carreiras. Robledo, com a experiência de 20 anos de estrada e a carreira consolidada em festivais e Rui, com a juventude e o talento de quem canta as coisas do campo com singularidade e amor pelo nosso chão.




2 - Quais serão as principais temáticas deste trabalho?
R&R – O Gaúcho, essa é a temática do nosso primeiro trabalho juntos. Desde a definição do título do cd, a seleção do repertório toda a temática remete ao Gaúcho, o homem do campo, seus costumes e peculiaridades, buscando a musicalidade em sua mais pura essência.

3 - O trabalho pode aumentar o reconhecimento de vocês além do cenário dos festivais. Como vocês encaram o projeto?
R&R – O reconhecimento vêm através do tempo, e é a conseqüência de um trabalho bem feito e de qualidade. Os festivais são oficinas de artistas (músicos, poetas e intérpretes), onde vários se projetaram e se projetam até hoje. E com a gente não foi diferente. A estrada dos festivais é onde a gente aprendeu e aprende, e eles vão continuar fazendo parte da nossa história. Esse projeto é mais um passo em nossa carreira. Sempre buscamos levar a cultura do nosso Rio Grande em nossa mala de garupa “solitos”, porém agora andaremos juntos, mas com o mesmo propósito, levar o nosso canto a todos os cantos do Rio Grande.



4 - Vocês regravarão músicas de seus discos individuais ou o trabalho será totalmente inédito?
R&R – O CD “GAÚCHOS” trará algumas regravações de músicas já conhecidas e de autores renomados, além de musicas inéditas. No cd, estarão obras premiadas em festivais, defendidas por vários intérpretes e agora regravadas em nossas vozes. Entre os compositores que farão parte do disco, Gujo Teixeira, Noel Guarany, João Sampaio, Marcio Nunes Corrêa, Delci Oliveira, Xiru Antunes, Roberto Luçardo, João Bosco Ayala, Fabiano Bacchieri, Juarez Machado de Farias, Fábio Prates, Diego Muller, Eduardo Muñoz e Luiz Marenco.


5 - Qual é o grande objetivo da parceria para este trabalho?
R&R – Este certamente é o primeiro de muitos que virão, esse é o nosso objetivo. Fazer musica gaúcha, levar o nosso canto a cada gaúcho dentro ou fora do Rio Grande.


6 - Qual é a previsão de lançamento do disco, quando ele chegará às lojas?
R&R – “GAÚCHOS” têm a previsão de lançamento para Março de 2009, mas enquanto isso vamos divulgando e fazendo shows de pré-lançamento pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Quem quiser contratar o show “GAÚCHOS”, pode entrar em contato com a nossa produtora Aline Ribas através do telefone: (53) 91426167 ou pelo e-mail producaogauchos@hotmail.com.



Agora, o "Gaúchos" já está nas lojas. Confira o trabalho desses grandes cantores da nossa música.