terça-feira, 7 de julho de 2009

Entrevista (repostada) - Fabiano Torres

O blog De terra, campo e galpão traz mais uma entrevista feita através do blog De campo e alma, com o gaiteiro Fabiano Torres. Confira:

Gaiteiro Fabiano Torres vive grande momento da carreira

Fabiano Torres, músico e instrumentista de Sant’ana do Livramento, é uma das grandes afirmações do nativismo gaúcho nos últimos anos. Nascido e criado na campanha gaúcha, trouxe o dom de ser gaiteiro.Influências não faltaram e apesar das dificuldades,vive um grande momento de sua carreira,premiando o seu trabalho e dedicação. Veja a seguir, a entrevista feita durante a 3ª Manoca do Canto Gaúcho, em agosto:



Por João Cléber Caramez


Quando foi o teu inicio no nativismo?
Sempre gostei da gaita,desde pequeno aos nove anos ganhei o primeiro instrumento.
Uma gaita de oito baixos,através dela conheci o Leonel Gomez com quem fiz as minhas primeiras aulas. Outras pessoas também foram fundamentais nessa etapa como
o Valter Vargas,Sandro Malcorra com quem depois fiz parceria no Grupo Fronteira e o Marcelo Nunes.Outro ponto fundamental foi integrar o Grupo Charla de Fronteira no qual me aprofundei mais ainda na musica nativista.

As tuas participações em festivais começaram de que forma?
A minha primeira participação foi na 1ª Vertente do Canto Nativo em Sant’ana do Livramento,festival esse que recebi o troféu de melhor instrumentista. Logo em seguida participei da 1ª Canoa da Canção Gaúcha, na cidade de Canoas em 2004, no qual tive a oportunidade de conhecer o poeta santanense Eduardo Soares que foi referencial para que eu integrasse a banda do Joca Martins.Trabalhei com o Joca por alguns meses e comecei a ter contato com outros músicos no qual trabalho e me relaciono até hoje.

Quais são as tuas principais premiações nos festivais nativistas?
Tive a oportunidade de conquistar alguns prêmios como esse que recebi agora, o de melhor instrumentista da 3ª Manoca do Canto Gaúcho na fase local e geral. Também fui premiado no Um canto para Martin Fierro –Sant‘ana do Livramento,Coxilha Nativista – Cruz Alta,Sapecada da Canção Nativa- Lages/SC,Minuano da Canção Nativa –Santa Maria,entre outros prêmios de forma coletiva.


Quais são os teus objetivos na seqüência da carreira?
Pretendo continuar tocando gaita porque amo fazer isso e gana não me falta. Acredito que todos os músicos têm que dar o melhor de si quando sobem ao palco,tocar com o coração,com a alma. Precisa ter humildade e dedicação,tratar a música com respeito e trabalhar para alcançar os objetivos.

Qual é a tua opinião sobre a juventude que está ingressando no nativismo?

Sobre essa questão acredito que eu ainda sou um desses jovens, porque eu ainda tenho muito a aprender e absorver o conhecimento dos mais experientes.
Os festivais estão repletos de caras novas e assim, esse pessoal vai dando continuidade ao que vem sendo realizado e o nativismo vai se renovando. Os poetas que surgem também são fundamentais, porque deve ter uma perfeita harmonia entre letra e melodia. Precisam retratar com muita sensibilidade ao que se referem.
O importante é que a qualidade musical está se mantendo e que esses novos músicos vêm com muita gana de fazer bonito e por isso estão se aperfeiçoando cada vez mais. Acredito na união e o ponto mais importante para mim é a humildade.
Devemos nos unir e sermos humildes, respeitando o espaço dos mais “velhos” pois eles são os “troncos” do movimento nativista, não podemos querer “crescer” mais que eles mas sim aprender com eles.Hoje em dia, os espaços são maiores tanto na parte da organização dos festivais como na mídia, a imprensa faz um trabalho muito bem feito e devemos colaborar pois eles são os maiores divulgadores do nosso trabalho.Acredito na união das raças e culturas, pois, temos um folclore muito rico e podemos aproveitar muitas coisas boas dele, assim como as nossas crianças que convivem nesse meio aprendendo o que é identidade cultural e respeitando as outras manifestações como no projeto que esta sendo realizado aqui em Santa Cruz do Sul.

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