terça-feira, 20 de abril de 2010

Resultado - 5ª Nevada da Canção Nativa, de São Joaquim

1º lugar - REBENQUE
Autor da Letra: Xirú Antunes
Autor da Música: Juliano Gomes
Ritmo: Milonga
Intérprete: André Teixeira

2º lugar - SANGUE DE BOI
Autor da Letra: Adriano Alves
Autor da Música: André Teixeira
Ritmo: Chamamé
Intérprete: André Teixeira

3º lugar - ZAMBITA QUE DEJASTE TU
Autor da Letra: Rodrigo Jacques
Autor da Música: Jari Terres
Ritmo: Zamba
Intérprete: Jari Terres

MELHOR ARRANJO - A ESTRADA E A RIMA
Autor da Letra: Juarez Machado Farias
Autor da Música: Rodrigo Maia
Ritmo: Chamamé
Intérprete: Raineri Spohr

MÚSICA MAIS POPULAR - CHACARERA E LIBERDADE
Autor da Letra: Helvio Luis Casalinho
Autor da Música: Fabiano Bacchieri
Ritmo: Chacarera
Intérprete: Fabiano Bacchieri

MELHOR LETRA - REBENQUE (Xirú Antunes)
MELHOR MÚSICA - ZAMBITA QUE DEJASTE TU (Jari Terres)
MELHOR INTÉRPRETE - JARI TERRES
MELHOR INSTRUMENTISTA - RODRIGO MAIA

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Triagem - 2º Festival César Passarinho, de Caxias do Sul

Um dos cantores símbolos dos festivais Nativistas, o grande César Passarinho, tem um festival com seu nome -onde todas as músicas participantes são em sua homenagem. A segunda edição do Festival César Passarinho será realizada dias 8 e 9 de maio, em Caxias do Sul, e as músicas classificadas foram divulgadas nessa segunda-feira (confira abaixo).
Foram inscritas 402 composições, e 16 classificaram-se para a semifinal. O evento será realizado paralelamente ao 22.° Rodeio Crioulo Nacional de Caxias do Sul, nos Pavilhões da Festa da Uva.
O festival criado para homenagear o cantor, que é um dos ícones da música nativista, é realizado em Caxias do Sul, cidade escolhida por Passarinho como morada - e onde sua família mora até hoje. Coordenado por Fabrício Hardem, o evento tem como jurados Mário Michelon, João Marcos Nolte Martins e Ângelo Franco.


Músicas classificadas para o 2.º Festival César Passarinho:

-Gaiteiro (Vaneira)
Autor da música: Paulo Cardoso
Autor da letra: Dorval Dias

-A distância é um trote largo (Milonga)
Autor da música: Luciano Maia
Autor da letra: Gujo Teixeira

-Tava eu e o gaiteiro (Chamamé)
Autor da música: Érlon Péricles
Autor da letra: Gujo Teixeira

-De estância em estância (Milonga)
Autor da música: João Chagas Leite
Autor da letra: Eron Carvalho

-Nestas horas de calma (Zamba)
Autor da música: André Teixeira
Autor da letra: André Oliveira

-Paisanita (Chamamé)
Autor da música: Zulmar Benitez
Autor da letra: Ramiro Amorim

-De campo e procedência (Milonga)
Autor da música: Ricardo Martins
Autor da letra: Eduardo Verdi, Ricardo Martins e Túlio Urach

-A figueira do Sesêu (Milonga)
Autor da música: Marcelo Oliveira
Autor da letra: Rafael Teixeira Chiapetta

-Ensimesmado (Chamarra)
Autor da música: Jonatan Dalmonte, Maurício Grillo Bittencourt da Mota
Autor da letra: Mateus Lampert

-Alguém pra cuidar de mim (Chamamé)
Autor da música: Érlon Péricles e Duca Duarte
Autor da letra: Érlon Péricles e Duca Duarte

-O dia em que o luar se foi (Milonga)
Autor da música: Luciano Maia
Autor da letra: Helvio Casalinho e Marcio Nunes Correa

-Essas mãos (Chacarera)
Autor da música: Leonardo Diaz Morales
Autor da letra: Juca Moraes

-Temporal (Chacarera)
Autor da música: Ricardo Martins
Autor da letra: Rodrigo Bauer

-Folha de vida (Chamamé)
Autor da música: Airan Cardoso
Autor da letra: Helvio Casalinho e Marcio Nunes Correa

-Ás de Copas (Vaneira)
Autor da música: Rafael Teixeira
Autor da letra: Mateus Alves

-Onde há esperança (Chamamé)
Autor da música: Eduardo Monteiro Silva
Autor da letra: Telmo Vasconcelos

*Fonte: www.jornalnh.com.br/abcdogaucho

Resultado - 7ª Galponeira, de Bagé

1º Lugar
CAMINHEIRO DAS ÁGUAS
Letra: Guilherme Collares
Música: Edilberto Bérgamo
Intérpretes: André Teixeira e Beto Borges

2º Lugar
POR UNA NOCHE
Letra: Matheus Neves da Fontoura e André Neves da Fontoura
Música: Matheus Neves da Fontoura, André Neves da Fontoura e Juliano Moreno
Intérpretes: Juliano Moreno e Matheus Leal

3º Lugar
JUAN CENTURION
Letra e Música: Gustavo Cabrera
Intérprete: Gustavo Cabrera


MAIS POPULAR
POR UNA NOCHE
Letra: Matheus Neves da Fontoura e André Neves da Fontoura
Música: Matheus Neves da Fontoura, André Neves da Fontoura e Juliano Moreno
Intérpretes: Juliano Moreno e Matheus Leal

MELHOR INTÉRPRETE
Matheus Leal

MELHOR INSTRUMENTISTA
Fabrício Ocaña

MELHOR ARRANJO
O Velho Tata (Cícero Camargo)

MELHOR LETRA
Juan Centurion (Gustavo Cabrera)

MELHOR MELODIA
Caminheiro das Águas (Edilberto Bergamo)

*Colaboração: Aline Ribas

domingo, 18 de abril de 2010

Triagem - 2ª Casereada da Canção Nativa, de Caçapava do Sul

Nos dias, 23,24 e 25 de abril será realizado a 2 ª Casereada da Canção Nativa. O evento acontecerá no CTG, Sentinela dos Cerros, com transmissão da radio Aragana. Abaixa as 24 musicas que passaram na triagem e irão subir ao palco.

Relação das 24 (vinte e quatro) composições classificadas, a seguir:

1) Nome da Composição: Fomos Tantos ao Longo da História;
Autor da letra: Cesar Tiaraju Machado de Souza
Autor da música: Renata Bairros
Rítimo: Chamamé.
2) Nome da Composição: Lá, Mora a Esperança;
Autor da letra: Cesar Tiaraju Machado de Souja
Autor da música: Renata Bairros
Rítimo: Valsa
3) Nome da Composição: Jornada do Tempo
Autor da letra: Cesar Tiaraju Machado de Souza
Autor da música: Pedro Raimundo Porto
Rítimo: Chamamé
4) Nome da Composição: Galpão
Autor da letra: Taurino Alves Saldanha
Autor da música: Arlindo Carvalho Júnior
Rítimo: Milonga
5) Nome da Composição: Noca, O Pipeiro
Autor da letra: Venícius Porto
Autor da música: Glauber Brito, Grisser Brito e Felipe Gomes
Rítimo: Milonga Canção
6) Nome da Composição: Patrulha dos Sete Joãos
Autor da letra: Zauri Tiaraju de Castro
Autor da música: Derli Trindade
Rítimo: Chamamé
7) Nome da Composição: Tempo Que se Foi
Autor da letra: Joceli da Silva
Autor da música: Joceli da Rosa e Nilton Nascimento
Rítimo: Milonga
8- Nome da Composição: Aqueles Cavalos
Autor da Letra: Dovenei Carvalho e Jorge Freitas
Autor da música: Nilton Nascimento e Joceli da Rosa
Rítimo: Vaneira
9) Nome da Composição: Cumpadre, a Coisa Tá Feia
Autor da letra: Ivanói da Fontoura Brito
Autor da música: Ivanói da Fontoura Brito
Rítimo: Chamarra
10) Nome da Composição: Sou Estrada
Autor da letra: Marilene Pereira
Autor da música: Renata Bairros
Rítimo: Chamamé
11) Nome da Composição: O Que Podem Nossas Mãos
Autor da letra: Marilene Pereira
Autor da música: Jordana Henriques
Rítimo: Milonga
12) Nome da Composição: Na Boca da Picada
Autor da letra: Roberto Huerta
Autor da música: Cleber Brito
Rítimo:Polca
13) Nome da Composição: Pedro Cadela
Autor da letra: Santo Gelci Moreira
Autor da música: Santo Gelci Moreira
Rítimo: Vaneirão
14) Nome da Composição: Uma Prece pela Pampa
Autor da letra: Rodrigues Fernandes, Everton Silva e Marcelo Lopes
Autor da música: Rodrigo Fernandes
Rítimo: Chamamé
15) Nome da Composição: Árvore
Autor da letra: Roberto Scarparo Martins
Autor da música: Luiz Hugo Burin
Rítimo: Toada
16) Nome da Composição: Eu, A Lagoa e o Flete
Autor da letra: Dovenei Carvalho
Autor da música: Luiz Hugo Burin
Rítimo: Chamamé
17) Nome da Composição: Salão da Tia Soraia
Autor da letra: Lauro de Moura
Autor da música: Rodrigo Fernandes
Rítimo:Vaneira
18) Nome da Composição: Temporal
Autor da letra: Paulo Cesar Soares Gonçalves
Autor da música: Paulo Cesar Soares Gonçalves e Enaldo Luiz Silveira Rodrigues
Rítimo: Chamamé
19) Nome da Composição: Inocêncio
Autor da letra: Paulo Cesar Gonçalves
Autor da música: Paulo Cesar Soares Gonçalves e Enaldo Luiz Silveira Rodrigues
Rítimo: Milonga
20) Nome da Composição: Mágoas de Um Alambrador
Autor da letra: Enaldo Luiz Silveira Rodrigues e João P. Teixeira
Rítimo: Chamamé
21) Nome da Composição: De Retoço Com as Gurias
Autor da letra: Élio Silva
Autor da música: Élio Silva
Rítimo: Vanera
22) Nome da Composição: Estâncias
Autor da letra: Beto Stefani
Autor da música: Beto Stefani
Rítimo: Chamamé
23) Nome da Composição: Poeta
Autor da letra: Doveney Carvalho
Autor da música: Eduardo Brito Costa
Rítimo: Milonga
24) Nome da Composição: Me Deixaram De a Pé
Autor da letra: Felipe Lima
Autor da música: Felipe Lima
Rítimo: Contra-Passo

História do Freio de Ouro

Quase três décadas da maior competição de equinos do Brasil

O primeiro esboço do que hoje é o Freio de Ouro ocorreu no ano de 1977, na 1ª Exposição Funcional de Jaguarão, uma mostra modesta, mais ou menos improvisada, com um número reduzido de participantes. Naquele momento, os criadores de cavalos crioulos verificaram que o desenvolvimento da raça passava pela promoção de provas funcionais. Até então, demonstrações desse tipo não faziam parte do calendário oficial da raça, existindo apenas julgamentos morfológicos.
Em 1980, a 3ª Funcional conseguiu atrair a atenção do país inteiro, sendo visitada pelo então presidente da República, general João Batista Figueiredo, um aficionado por cavalos. No ano do cinqüentenário da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), em 1982, foi oficializada a prova campeira que seria realizada durante anualmente durante a Expointer, grande feira agropecuária do Sul do país.
O Freio de Ouro foi inspirado nas exposições funcionais de Jaguarão, que passou a ser uma etapa classificatória, assim como Pelotas e Bagé. No ano seguinte, Uruguaiana também integrou essa lista.
No primeiro ano de disputa, participaram 12 animais, competindo sem distinção de gênero. O primeiro campeão foi Itaí Tupambaé, filho de La Invernada Hornero (consagrado reprodutor da raça) e Preciosa dos Cinco Salsos, do criador Oswaldo Pons, um histórico crioulista. A partir daí, firmava-se o Freio de Ouro como o grande acontecimento da maior raça de equinos do Rio Grande do Sul.
Em 1983, a prova do Freio de Ouro foi batizada com o nome de Roberto Bastos Tellechea, uma homenagem póstuma a esse incentivador da raça crioula. Em 1990, houve uma grande perda com o falecimento do veterinário Flávio Bastos Tellechea. Em reconhecimento, a prova Freio de Ouro leva o nome dos dois irmãos.
Os animais competiram sem distinção de gênero até 1993, quando ocorreu a divisão de machos e fêmeas em competições separadas. A primeira grande campeã foi a égua Gaita do Mata-Olho, montada por Clair Odilon, de propriedade da Cabanha uruguaianense Posto Branco.
Até hoje, ocorrem mudanças na competição devido ao avanço da raça e de seus adeptos. O que antes era somente quatro etapas classificatórias e uma final transformou-se em cerca de 70 etapas credenciadoras, sete classificatórias no Rio Grande do Sul, três fora do Estado (Santa Catarina, Paraná e Brasília) e duas internacionais (Uruguai e Argentina), além da grande final em Esteio. Para 2012, está previsto o ingresso do Chile no Freio de Ouro.

*Fonte: www.canalrural.com.br/freiodeouro

Pioneirismo com sangue chileno

Cruzamento iniciado pela família Bastos no Rio Grande do Sul resultou em animais mais ágeis, mansos e funcionais

A história da raça de cavalos mais difundida no Rio Grande do Sul não pode ser contada sem dedicar um capítulo ao criador Luiz Martins Bastos, de Uruguaiana. Bastos, ao lado dos sobrinhos Flávio e Roberto Bastos Tellechea, foi o responsável pela introdução do cavalo crioulo chileno no Estado. O pioneirismo marcou o começo de uma nova fase na história da raça no Rio Grande do Sul.
A partir da introdução do sangue chileno, os cavalos crioulos nativos se tornaram mais ágeis, mansos e funcionais. Luiz Martins Bastos recordou a polêmica gerada entre os criadores da raça ao saberem que a Estância Nazareth estava introduzindo o cavalo chileno Aniversário na cabanha. O garanhão havia sido comprado na Exposição de Palermo, em Buenos Aires, em 1972. Bastos importou o cavalo em parceria com os sobrinhos Flávio e Roberto Bastos Tellechea, também criadores de cavalos crioulos no município.
– Houve muitas críticas, achavam o exemplar chileno um cavalo feio e baixo. Mas eles revolucionaram a criação da cabanha. Os exemplares com o afixo Tradição saíram mais ágeis, mansos e com uma funcionalidade incomparável – explicou.
O êxito com a importação do garanhão Aniversário motivou Luiz Martins Bastos a adquirir outros cavalos chilenos como Tren-Tren Arrebol, cuja linhagem acompanharia um dos maiores cavalos crioulos da história do Estado, o garanhão La Invernada Hornero. Filho de Tren-Tren, La Invernada Hornero nasceu num criatório chileno, mas acabou sendo adquirido ao pé na Expointer, em 1976. Hornero se tornou um dos maiores garanhões da raça crioula na América do Sul e foi responsável por uma extensa e invejável descendência de campeões e campeãs do Freio de Ouro. O cavalo morreu em 1997 e pertencia à sucessão de Flávio e Roberto Bastos Tellechea.
– Compramos o Aniversário do criador chileno Alberto Araya Gomez, que mais tarde venderia o Hornero na exposição de Esteio, em 1976. A introdução de cavalos crioulos foi positiva e acabou sendo disseminada entre diversos criadores do Estado. Hoje, todos os exemplares vencedores do Freio de Ouro têm sangue chileno – ressaltou.

Animais da Narareth carregam o afixo Tradição
Na Estância e Cabanha Nazareth, localizada a 16 quilômetros da cidade, Luiz Martins Bastos cuida de uma das maiores criações de cavalos crioulos do Estado. A estância tem um criatório centenário da raça que recebe a marca Tradição. O afixo foi sugerido pelo irmão Francisco Martins Bastos, ex-diretor e construtor da Companhia de Petróleo Ipiranga. Hoje, a Nazareth mantém 150 éguas em cria e utiliza garanhões chilenos puros e cavalos argentinos para a cobertura.
– Meu pai (Ângelo Bastos) criava crioulos e eu cresci vendo crioulos na estância. Somente em 1956, por influência de amigos e irmãos, acabei me associando à Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos. De lá para cá, o apoio moral da associação tem sido inestimável – comentou.

*Fonte: www.canalrural.com.br/freiodeouro

Quase 500 anos de rusticidade

A fantástica saga da raça crioula nos pampas

O cavalo crioulo é descendente direto dos cavalos trazidos pelos conquistadores espanhóis à América Latina no século XVI. Em 1535, Dom Pedro de Mendoza trouxe cavalos consigo quando fundou o vilarejo de Santa Maria de Buenos Aires, atual capital da Argentina. A cidade foi invadida por índios, vitimando muitos animais e libertando outros. Aqueles que sobreviveram espalharam-se pelos pampas.

Ao longo dos anos, estes cavalos tornaram-se rústicos e fortes. Livre em um ambiente hostil, a raça crioula sofreu uma severa seleção natural, adaptando-se e adquirindo as características que mais tarde seriam idolatradas pelos gaúchos e cantadas nos versos de Joça Martins: a grande resistência e a alta capacidade de sobrevivência.

Essa resistência, que faz o orgulho dos criadores, é colocada à prova em marchas de resistência que se estendem por 750 quilômetros. Ocorrendo nos cenários reais dos pampas e enfrentando dificuldades como o frio e a chuva, o maior objetivo das marchas é demonstrar e difundir a capacidade de resistência da raça crioula.

Existe outra origem registrada pela história: a primeira criação fundamentalmente crioula foi em Assunção do Paraguai. Estes animais saíram de Santa Catarina através do Caminho do Peabirú, cruzando o estado do Paraná em direção à capital paraguaia. Este núcleo deu origem às Missões, que mais tarde espalharia o cavalo crioulo no Rio Grande do Sul.

São os cavalos espanhóis (sobretudo os andalusos) e os árabes que transmitem suas principais características morfológicas à raça crioula. O cavalo crioulo brasileiro herdou do cavalo árabe sua altura, que raras vezes ultrapassa os 1,50m. Também são traços árabes a cabeça de corte triangular, o perfil ligeiramente convexo e reto, as orelhas curtas e bem separadas e a garupa pouco inclinada. Dos antepassados europeus, herdou a crina abundante, a tranquilidade e o corpo pequeno e forte.

Nos últimos trinta anos, o padrão morfológico do cavalo crioulo mudou bastante. Animais com pescoço leve, mais cumprido e musculoso são a atual tendência. Além disso, o crioulo de antes tinha um formato quadrado. O moderno aparenta ser mais retangular, o que não passa de uma ilusão de ótica provocada pelo maior relevo muscular. Hoje, a morfologia buscada é mais voltada para a funcionalidade, ou seja, uma conformação que facilite os movimentos do animal. Essa mudança foi impulsionada pelo Freio de Ouro, a maior prova de seleção da raça.

*Fonte: www.canalrural.com.br/freio de ouro

Características do cavalo crioulo

Cabeça: perfil retilíneo, curta, delineada, fronte larga e bem desenvolvida, orelhas curtas, bem inseridas, olhos proeminentes e com vivacidade.
Pescoço: bordo superior subconvexo, crinas grossas e abundantes, bordo inferior retilíneo, forte, musculoso e de comprimento mediano.
Linha superior: cernelha com destaque moderado, musculosa, dorso mediano, musculoso, lombo musculoso, unindo suavemente o dorso e a garupa, garupa moderadamente larga e comprida, levemente inclinada proporcionando boa descida muscular para os posteriores.
Tórax, ventre e flanco: peito amplo, largo, profundo, paletas com inclinação mediana, musculosas, costelas arqueadas e profundas, ventre com razoável volume, flanco curto, unindo harmonicamente o ventre ao posterior.
Membros anteriores e posteriores: braços e cotovelos musculosos, antebraços aprumados, joelhos fortes, canelas curtas, com tendões fortes e definidos, aprumadas, cascos de volume proporcional ao corpo, medianamente inclinados, quartos musculosos, com nádegas profundas, pernas moderadamente amplas, garrões fortes e secos.


Pelagens Básicas
Alazão, Baio, Branco, Cebruno, Colorado, Douradilho, Gateado, Mouro, Oveiro, Picaço, Preto, Rosilho, Tobiano, Tordilho e Zaino

Pelagens compostas
Alazão chamalotado ou apatacado: quando tem manchas mais claras e arredondadas
Alazão dourado: o típico com reflexos do ouro
Alazão típico: o que tem a cor da brasa ou da cereja
Alazão ruano: quando tem a cauda e crina claras
Branco albino, melado ou rosado: quando há uma despigmentação congênita, inteira ou parcial, das pestanas e da íris. Sua pelagem tem reflexos rosados. É sensível ao sol
Baio branco ou claro: é uma tonalidade de creme desmaiado
Branco mosqueado: o que leva pelo corpo, em forma irregular, pontos pretos do tamanho de uma mosca
Branco porcelana: o que tem manchas pretas que, por transparência, produzem reflexos azuis da porcelana por meio dos pêlos brancos
Baio achamalotado ou apatacado: quando apresenta manchas redondas e mais claras do que o resto do corpo
Baio amarelo: é como uma gema de ovo, quando estendida numa porcelana branca
Baio encerado: quando tem a cor mais escura, parecendo-se com a cera virgem
Baio cabos negros: quando tem as extremidades dos membros, da cauda e a crina escuras
Baio cebruno: também escura, levando no corpo manchas mais escuras do que o baio encerado
Baio dourado: quando tem reflexos do ouro
Baio ovo de pato: quando tem uma cor amarelado creme. Sua crina, cauda e cascos também são cremes
Baio ruano: é um baio com a cauda e crina claras
Colorado típico: é avermellhado com o tom claro
Colorado pinhão: tem a cor do pinhão
Cebruno ou barroso: com a tonalidade mais escura do que a do baio cebruno, parecendo-se com a cor do elefante
Douradilho pangaré: é o que tem o focinho, axilas e ventre mais claros
Gateado típico: é um baio escuro acebrunado nas quatro patas e com uma linha escura, que vai da cernelha à garupa, com aproximadamente dois dedos de largura
Gateado osco ou pardo: é mais escuro que o típico, assemelhando-se ao gato pardo
Gateado pangaré: o que tem o focinho, as axilas e o ventre com a pelagem mais clara
Gateado ruivo: o que tem a cauda e a crina aproximada a cor do fogo
Lobuno claro: quando se parece com a plumagem de uma pomba
Lobuno escuro: quando mais escuro do que o lobuno claro
Zaino claro: da cor da castanha
Zaino negro: como a castanha mais escura
Preto típicob tem a tonalidade semelhante ao carvão
Preto azeviche: preto vivo com reflexos brilhantres
Tordilho claro: quando tem predominância de pelos brancos
Tordilho negro: predomina os pelos pretos. Com a idade vai se tornando claro
Tordilho chamalotado ou apacatado: quando com manchas arredondadas mais claras
Mouro negro: se parece com o tordilho negro, com tonalidade azulada
Mouro claro: é um gris azulado
Oveiro azulego: é um mouro claro com manchas brancas
Oveiro bragado: quando em qualquer pelagem portam manchas isoladas no baixo ventre
Oveiro chita: é overo com manchas brancas salpicadas num fundo rosilho
Oveiro de índio: qualquer pelagem com manchas de tamanho médio
Oveiro chita: é overo com manchas brancas salpicadas num fundo rosilho
Rosilho abaiado: quando tem pelos amarelados entre o vermelho e o branco
Rosilho claro ou prateado: quando predominam os pelos brancos sobre os vermelhos
Rosilho colorado: quando predominam os pelos vermelhos sobre os brancos
Rosilho gateado: é um gateado com pelos brancos
Rosilho mouro: é uma mescla entre pelos vermelhos, brancos e pretos
Rosilho overo: quando dentro da pelagem rosilha tem manchas brancas
Rosilho tostado: quando tem pelos tostados em lugar dos vermelhos
Tobiano baio: é um baio nas mesmas condições dos demais tobianos
Tobiano colorado: é um colorado nas mesmas condições do tobiano negro
Tobiano negro: é um preto com manchas brancas grandes divididas com o preto
Tobiano gateado: é um gateado nas mesmas condições dos demais
Zaino claro: da cor da castanha
Zaino negro: como a castanha mais escura
Também existem tobianos cebruno, alazão, douradilho, zaino, tordilho, etc

Outros detalhes de pelagem
Entrepelado: o que tem uma mescla de pelagens diferentes, formando assim um total indefinido
Pangaré: quando descolorido em algumas regiões do corpo, sobretudo nas partes inferiores, destacando-se nas axilias, focinho e ventre, seu descolorido se assemelha a cana da Índia
Rabicano: quando nas caudas escuras têm pelos brancos na sua base

O CAVALO CRIOULO: SEIS DÉCADAS DE EXPERIÊNCIA, DE DIRCEU DOS SANTOS PONS - LIVRARIA E EDITORA AGROPECUÁRIA, 1993
*Fonte: www.canalrural.com.br

Conheça as provas do Freio de Ouro e os critérios de avaliação

Provas levam em conta integração entre ginete e cavalo

O Freio de Ouro é uma avaliação rigorosa e integral do cavalo da raça crioula. Acompanhe, passo a passo, com a orientação do veterinário e crioulista Gilberto Loureiro de Souza, como ocorre uma competição do Freio de Ouro.

O Freio de Ouro divide-se em duas etapas:

PARTE 1 - MORFOLOGIA: é uma avaliação do padrão racial e do nível de enquadramento do animal aos padrões seletivos da raça. São valorizadas, nessa etapa, características como o equilíbrio estrutural, a frente leve, a firmeza da linha superior e um bom relevo muscular. Todo o conjunto tem de estar bem sustentado sobre bons aprumos. Pontuação: de zero a dez

PARTE 2 - PROVA FUNCIONAL: a segunda fase da competição, a parte funcional, que avalia o desempenho do animal em atividades derivadas das lidas do campo, divide-se em dois momentos:

Primeiro momento
1) Andadura:
Na primeira demonstração funcional da prova, exige-se do cavalo a definição e manutenção de três modos diferentes de andar:
a) Tranco
b) Trote
c) Galope
São observados nessa etapa a tipicidade do andar, a comodidade, o avanço e o equilíbrio.
Pontuação: de zero a 15.
Tranco = de 0 zero 3
Trote = de zero a 8
Galope = de zero a 4
Importante: o trote tem peso maior na pontuação porque é a andadura mais utilizada pelo cavaleiro em um deslocamento longo pelo campo.

2) Figura:
Prova de média exigência, desenvolvida em um circuito demarcado por fardos de feno, em que se avalia o equilíbrio nas trocas de mãos e patas, potência de execução e submissão a todas as solicitações do ginete.
Pontuação: de zero a 15

3) Volta sobre patas e esbarrada:
Um dos momentos mais difíceis do Freio do Ouro. Divide-se em duas partes:
a) Volta sobre patas: O ginete leva o cavalo à frente dos jurados, faz o animal girar sobre o próprio corpo 360 graus para um lado e em seguida para o outro. Pode fazer de uma a três voltas. Mas deve fazer para um lado o mesmo número de voltas que realizou para o outro.
b) Esbarrada: O ginete acelera o cavalo por uma distância de 20 metros e em seguida solicita ao animal uma freada brusca, fazendo com que ele se apóie sobre os posteriores. O cavalo praticamente "senta" no chão. A seguir, o ginete repete o movimento em sentido contrário. Esta etapa traduz um dos movimentos símbolos do cavalo de trabalho, que é a sua completa submissão ao comando do cavaleiro. O cavalo tem de enfiar corretamente os posteriores entre as mãos e parar sem saltar.
Pontuação: de zero a cinco para a volta sobre patas, sendo 2,5 pontos para cada lado que o animal roda. E de zero a dez para a esbarrada, sendo cinco pontos para cada movimento executado.

4) Mangueira:
É o primeiro momento em que o cavalo trabalha com gado. Na mangueira, o animal mostra sua aptidão vaqueira, equilíbrio, impulsão e coragem. Esta prova é tão importante que ocorre duas vezes durante o Freio de Ouro. Divide-se em três momentos:
a) O cavalo tem de apartar (separar) um dos dois novilhos que estão na mangueira.
b) O cavalo tem de manter o novilho afastado do outro bovino por 45 segundos.
c) O cavalo tem de arremeter com o peito, ou "pechar" (do espanhol, el pecho, o peito) contra a lateral do novilho apartado num ângulo de 45 graus, primeiro por um lado e depois pelo outro, e fazer o animal recuar. Tem 45 segundos para executar o movimento.
Pontuação: de zero a 15.
Aparte = de zero a 10
Pechada = de zero a 5 (2,5 pontos para cada execução)

5) Prova de Campo ou Paleteada 1:
Última e decisiva etapa do Primeiro Momento do Freio de Ouro. Observa-se aqui, mais uma vez, a aptidão vaqueira, a velocidade, a força e a total submissão do cavalo ao cavaleiro. Duplas, formadas pelo resultado da pontuação acumulada até o momento (o primeiro com o segundo, o terceiro com o quarto e assim sucessivamente) perseguem um novilho por uma raia de 110 metros de comprimento por 50 metros de largura, com marcações de fardos de feno aos 30 metros, 80 metros e 110 metros. Nos primeiros 30 metros, os ginetes deixam o novilho correr. Entre os 30 metros e os 80 metros, o novilho deve ser "prensado" entre as "paletas" dos dois cavalos, daí a expressão paleteada. Após a ultrapassagem do marco de 80 metros e antes do final da raia, os ginetes adiantam os cavalos em relação ao novilho, cortando-lhe a frente, para que o animal retorne. Na volta, a paleteada se repete, para que o novilho seja reconduzido à mangueira. Pontuação: de zero a 15
Importante: Até este momento, as notas que aparecem nas placas são multiplicadas por 1,5. A seguir, é feita a soma de todas as notas obtidas e o resultado é dividido pelo número de provas executadas e somado com a pontuação da morfologia. O resultado credencia de 40% a 50% dos cavalos e ginetes para o segundo momento do Freio de Ouro.

Segundo momento
6) Mangueira:
A prova é uma repetição dos movimentos executados no primeiro momento.
Pontuação: de zero a 20

7) Bayard-Sarmento:
Prova em que se exige velocidade na execução, correção nos movimentos e atenção à submissão. É realizada em uma raia de 80 metros. O cavalo arranca em velocidade, percorre 40 metros, esbarra, faz a volta sobre patas para um lado e para outro de uma a três vezes, volta a correr 40 metros, esbarra novamente. Depois gira 180 graus, corre mais 40 metros e repete a esbarrada. Faz a volta sobre patas para ambos os lados, corre mais 40 metros e faz a última esbarrada.
Pontuação: de zero a 20

8) Prova de Campo ou Paleteada 2:
Tudo igual à primeira.
Pontuação: de zero a 20
Importante: As notas que aparecem nas placas deste segundo momento do Freio de Ouro são multiplicadas por dois e somadas. A soma é dividida pelo número de provas executadas até o momento e o resultado é somado com a pontuação da morfologia. Chega-se, assim, ao resultado final da prova do Freio de Ouro.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAVALOS CRIOULOS
*Fonte: www.canalrural.com.br

Argentina não classifica nenhum animal à final do Freio de Ouro

Ainda assim, etapa realizada em Buenos Aires é considerada um sucesso

Mesmo não tendo classificado nenhum dos 14 concorrentes para a final do Freio de Ouro 2010, a classificatória argentina foi considerada um sucesso. Os jurados da prova salientaram a qualificação e a evolução dos ginetes. Contudo, as reclamações dos criadores argentinos recaíram sob as instalações do centenário Parque de Palermo, que sediou a etapa realizada entre 5 e 7 de abril.
Nenhum animal alcançou o mínimo de 18,000 pontos para classificar-se ao Freio de Ouro em Esteio. Charque Juego, da Cabanha La Valentina (Pellegrini), de propriedade de Sucessão Julio A. Ballester e montado por Raul Gonzalez, qualificou-se em primeiro lugar entre os machos, com 17,433 pontos. Já a égua vencedora foi Ñandú Tenebrosa, de propriedade de Juan Victor Tronconi, da cabanha Lãs Mulitas (Iturreguy), montada por Cristian Aguilera, que somou 17,967 pontos.
Os criadores argentinos culparam as más condições da pista, incapaz de proporcionar aos animais condições de atingirem seu potencial. Silvia Matteuci, proprietária do cavalo Del Paye Encontrado, segundo colocado na prova, comenta que os criadores argentinos estudam uma solução para o próximo ano, inclusive cogitando a mudança do local de prova.
Apesar disso, Luis Amadeo Lastra, presidente da Associação de Criadores de Cavalos Crioulos da Argentina, aposta em um sólido futuro para o Freio de Ouro entre os criadores locais. Segundo ele, novos criadores estão aderindo à prova com investimentos consideráveis.


Classificação final
Machos
1º lugar - Charque Juego, de Sucessão Julio A. Ballester, Cabanha La Valentina, Pellegrini, Argentina. Raul Gonzalez - 17,433
2º lugar- Del Paye Encontrado, de Silvia G. Matteucci, Cabanha El Paye, Villaguay, Argentina. Hugo Noguera - 16,468


Fêmeas
1º lugar - Ñandú Tenebrosa, de Juan Victor Tronconi, Cabanha Las Mulitas, Iturreguy, Argentina. Cristian Aguilera - 17,967
2º lugar - Cinco Lunas Zig-Zag, de Marcela G. Diaz Rivero, Cabanha El Rosário, Herrera, Argentina. Artur Silveira - 17,957
3º lugar - Guampa Zamba, de Marta E, T. de Ballester, Cabanha La Valentina, Pellegrini, Argentina. Raul Gonzalez - 17,894
4º lugar - Chake La Zamba, de Ricardo Matho garat, Cabanha La Estrela, Solari, Argentina. Ruben Verón - 16,643



Calendário
Classificatórias:
05 a 07 de abril - Buenos Aires (Região 7B)
22 a 25 de abril - Bocal de Ouro
30 de abril a 02 de maio - Montevidéo (Região 7A)
20 a 23 de maio - Rio Grande (Região 1)
28 a 30 de maio - Santa Maria (Região 2)
04 a 06 de junho - Ponta Grossa (Região 5B)
11 a 13 de junho - Uruguaiana (Região 3)
18 a 20 de junho - Camaquã (Região 6)
25 a 27 de junho - Vacaria (Região 4)
02 a 04 de julho - Lages (Região 5A)
09 a 11 de julho - Esteio (Repescagem)
15 a 18 de julho - Brasília (Repescagem)

Final:
29 de agosto - Freio de Ouro

*Fonte: www.canalrural.com.br