sexta-feira, 22 de maio de 2009

Uma guitarra que ponteia os poemetos de campo

Silvério Barcellos: amadrinhador
Meu canto - poemetos de campo é um trabalho em que estão envolvidos dois grandes nomes da poesia campeira: Eron Vaz Mattos e Xirú Antunes. Um deles, Eron Vaz Mattos, fez os versos que o outro, Xirú Antunes, tem a sensibilidade de declamá-los. Para completar a parceira, Silvério Barcellos é o amadrinhador desta obra que tem todos os requisitos para ser marcante nos registros fonográficos. E quem fala para o De terra, campo e galpão sobre esse trabalho e suas características é Silvério Barcellos:


Por João Cléber Caramez
1- Como foi a concepção deste trabalho intitulado "Meu canto - poemetos de campo"?
Conheci o poema de Eron Vaz Mattos “Meu Canto” em 2004 através do amigo Guilherme Collares. Depois fui presenteado com o livro por Sérgio Carvalho Pereira, em uma visita a sua casa. Li repetidas vezes esta obra e sempre a julguei fortíssima e genuína, como obra poética Riograndense. Até que uma tarde, em minha casa, o grande poeta e recitador Xiru Antunes me fez o convite para gravar-mos este trabalho. Ele mostrava-se preocupado com o que os interpretes estavam gravando em nível de poesia e não gostaria de ver a obra de Eron Vaz Mattos longe do acesso as pessoas. Liguei então para o Eron pedindo permissão para trabalhar em seus versos e ele de pronto me autorizou na realização deste projeto. Dividimos o poema todo então em 4 partes, que eu chamo de movimentos, e começamos a colocar o clima certo em cada movimento, buscando a “cor”e a cadência mais apropriada a cada parte do poema.


2- Fale um pouco deste trabalho, como ele será desenvolvido e o que representa para a tua carreira?

Este trabalho sinceramente não possui uma pretensão comercial forte. Não está relacionado com gravadoras e a tiragem foi bem modesta, mas sei certamente que é de grande importância como registro fonográfico e poético para a cultura do Rio Grande do Sul. É um projeto independente de Eron Mattos, Xiru e eu e só é encontrado a venda conosco mesmo. Sinto-me honrado em ter sido convidado e em possuir afinidades com essas pessoas tão importantes para a nossa arte. Nos discos que já gravei em minha carreira como guitarreiro, este sem dúvida possui lugar de destaque no que diz respeito a identidade cultural gaúcha.

3- Como será a divulgação, já que é bastante recente e como tu acreditas que as pessoas receberão este trabalho?

Temos feito lançamentos. Já realizamos em São Lourenço e em São Gabriel. Dentre em breve será em Pelotas e Bagé. Pode ser que Porto Alegre entre no roteiro, mas estas cidades estão em nossa preferência para os lançamentos. Está sendo divulgado nos festivais nativistas do estado e em Santa Catarina e em shows como o de Lisandro Amaral com o qual também trabalho. Como disse, é independente, mas estamos contentes com a procura e a aceitação do público. Os comentários estão sendo ótimos a respeito.


Cartaz de lançamento do CD - Meu canto

4- Tu acreditas que os poemas tem poucos espaços (locais, festivais) para serem apresentados porque a música é dominante?

Sim. Creio que os poemas poderiam ter mais espaços, mas não como festivais nativistas, mas algo mais introspectivo como nas salas de música e em teatros deveriam ter maior atenção dos administradores. Não só o poema gaúcho e de campo mas a poesia em geral, latinamericana, brasileira, espanhola, portuguesa,francesa, de boa qualidade.

5- Existe uma projeção para um eventual segundo trabalho entre essa parceria?
Existe sim. É a seqüência desta obra. Estive na casa do Eron em Bagé onde ele me mostrava o prosseguimento. Meu canto II. Tão emocionante quanto este primeiro. Está sendo escrito por ele, mas com muito cuidado e sem pressa para concluí-lo. Com todo talento e a sabedoria que ele possui. Já autorizou Xiru e eu a gravar esta seqüência.






O poeta Eron Vaz Mattos



6- Como é a tua convivência com os grandes poetas Xirú Antunes e Eron Vaz Mattos?
A convivência é maravilhosa. Conheço a uns 10 anos Xiru Antunes e sempre tivemos uma estreita amizade, afinidade musical e poética. Diria espiritual mesmo. Foi o Xiru quem me apresentou ao Eron a alguns anos e dali, sempre que vou a Bagé, reservo uma tarde para visita-lo. Temos muitos outros amigos em comum e sempre fomos muito sinceros em nossa amizade. Assim será por muitos anos tenho certeza.

7- Tu acreditas que os "poemetos de campo" podem ser mais valorizados na mídia e que novos poetas e declamadores possam seguir os rastros de grandes ícones como Jayme Caetano Braun?

Certamente os poemetos de campo devem ser mais valorizados. Os programas nativistas das rádios seguem sempre os mesmos interpretes, não vejo renovação no repertório e nem na formula musical que é empregada pelas rádios. Os poemas devem com certeza ser mais valorizados. Quanto sobre outros poetas seguirem o rastros dos grandes, já é mais complicado, pois não basta querer escrever, tem que ter o dom da palavra e muita cultura literária. Não basta somente colocar no papel palavras já usadas por outros simplesmente mudando a ordem delas. Tem que ter uma base cultural forte e ainda ter o dom da poesia, não da palavra fria simplesmente colocada no papel. Se tiver este talento, o reconhecimento vem ao natural, sem imposições.



Xirú Antunes: declamador desta obra

8- Conte um pouco para nós sobre o papel desempenhado pelos amadrinhadores em uma declamação e a sua importância neste contexto?

Ser em exímio instrumentista não é prioritário para ser um bom amadrinhador, mas gostar de ler poesia. Compreender o sentido que o poeta quis dar ao poema. Ter o habito de ler, sentir as expressões certas, as pausas, as dinâmicas e a “cor” que o poema pede é muito importante. É o poema que pede o tom e o modo a ser trabalhado, não é imposto pelo guitarreiro, o poema é quem diz isso a ele.

9- Deixe um chasque para aqueles que admiram os trabalhos poéticos como este e os teus contatos.

Mais importante que o nome das pessoas envolvidas na obra serem reconhecidos futuramente ou não, é os sentimentos que o trabalho deixa em cada pessoa. Creio que o maior triunfo de um poeta ou de um arranjador seja quando os versos dele fiquem populares a tantos que a autoria já nem importe, que se torne de domínio público, fique para o folclore. Assim como um bom arranjo. Creio que ai sim o poeta atingiu seu objetivo. A de fazer poesia pela poesia.

Silvério Barcellos
sbbarcellos@gmail.com






Retratos de um fundamento através da música

Fabrício Marques é um jovem intérprete que ganha cada vez mais destaque no cenário nativista através de suas constantes participações. Com isso, as premiações são resultados de um trabalho em que o amor pelo campo e por cantar suas verdades se confundem. Dessa forma, venceu no ano passado a 5ª Galponeira de Bagé, com a composição Frio de Maio, em parceria com Fábio Maciel. Como essa união rendeu um grande resultado, este ano, na 4ª Nevada da Canção de São Joaquim, a parceria venceu o festival com a composição Que pecado, parceiro.
Com trabalhos que passaram pelos palcos dos festivais do nosso estado, Fabrício Marques chega com seu novo trabalho e conta em maiores detalhes a sua vida na música, as amizades reculutadas pelo tempo e o que virá na sequência nesta entrevista cedida ao De terra, campo e galpão:

Fabrício Marques

Por João Cléber Caramez

1- Como começou a tua carreira no nativismo?

Bueno, o gosto pela música e a temática campeira trago de berço, minha família materna é rural e cresci escutando meu avô e meu tio tocando e cantando. Aos 12 anos ganhei um violão, quando ainda morava em Canguçu, onde fiz as primeiras aulas. Mas foi só em Pelotas (aos 17 anos) - quando fazia o curso técnico em Agropecuária no Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça (CAVG), junto com Henrique Ugoski Novack “In memorian” e Andrigo Xavier - que a coisa foi ficando mais séria e quando percebemos estávamos tocando na noite, em bares e restaurantes, a exemplo do Rincão Nativo - de Pelotas - que além de ter sido a primeira casa que nos abriu as portas, foi um dos patrocinadores do meu 1º CD.

2- Pela tua presença constante nos festivais, fale um pouco sobre a tua trajetória nestes palcos.

Em 1999 participei do meu primeiro festival, 7º Chamamento da Arte Nativa em Santana da Boa vista, defendendo a marca: Campeiro e Fronteiriço, a convite do Jari Terres e por indicação do Joca Martins (eu era aluno dele na época), pouco tempo depois classifiquei a minha primeira composição autoral, Na alma da noite, em parceria com Roberto Luçardo no XIII Terra e Cor de Pedro Osório.
De lá pra cá já se vão 10 anos (alguns mais, outros menos produtivos), mas, continuamos levando nosso trabalho com seriedade e acima de tudo amor pelo que fazemos, isso é o mais importante!

“Se for pecado sentir, perdoem o que proclamo,
Só canto àquilo que amo, pois não preciso mentir”

Premiação em Bagé: Frio de maio, grande vencedora


3- Tu tens viajado para fora do estado, como na Nevada da Canção, em SC, tens notado alguma diferença em relação à forma como cultivam o nativismo, como é a receptividade?

Pois é, ano passado eu classifiquei na 16ª Sapecada de Lages a composição Cacimba e vertente em parceria com Martin César Gonçalves, João Bosco Ayala Rodrigues e Éverson Maré, mas como eu estava num intercâmbio acadêmico em Portugal (onde aproveitei para divulgar meu trabalho também) não pude comparecer no evento.
Já esse ano, novamente classificamos uma marca num festival catarinense, dessa vez na 4ª Nevada de São Joaquim, onde tivemos a felicidade de ganhar o festival com a composição Que pecado, parceiro em parceria com Fábio Maciel e André Teixeira. Me faltam palavras para descrever quão bem fomos recebidos, mas nem vou citar nomes para não correr o risco de cometer alguma injustiça deixando alguém de fora.
Quanto à maneira com que cultivam a arte nativa, pelo fato da serra catarinense ter sido caminho e pouso de tropas, se nota essa “identidade tropeira” bastante viva nas obras deles... Nada mais verdadeiro e natural em se tratando de NATIVO (ismo) né?!... E também não posso deixar de citar aqui o trabalho dos “guris” do “Quarteto Coração de Potro” que há tempos mantém uma parceria forte com o Rogério Villagran e vêm se destacando cada vez mais nos nossos palcos, me confesso fã do trabalho deles.

Que pecado, parceiro, vencedora da Nevada: mais uma parceria com Fábio Maciel

4- Fale um pouco sobre este 2º CD - "Meu fundamento" e como esta à divulgação e a receptividade das pessoas?

Bom, esse trabalho novo segue a mesma linha do “Por Ser Assim”, tanto nos temas, arranjos, ritmos... Quanto nas participações especiais, enfim, na sua identidade. Também é basicamente autoral, com apenas quatro músicas de outros colegas dentro das 14 faixas do CD.
A receptividade, por vezes tem até superado as expectativas, como no caso do Lançamento Oficial em Pelotas durante a 7ª Bailanta Gaúcho e Prenda, em que várias pessoas da platéia sabiam as músicas “decor” e cantavam junto com a gente.
Já a divulgação está por nossa conta, contando com a Produção da Terruña – Assessoria de Comunicação e Marketing - Porque depois de muito negociar com as “Exploradoras”, resolvi fazer um disco independente...
Felizmente está indo bem, pela facilidade de comunicação que a tecnologia nos permite hoje, não existem mais distâncias. O que fica um pouco prejudicada é a distribuição, mas a gente sempre anda com o trabalho junto em todo e qualquer evento em que nos façamos presentes. Do contrário, vendo pela internet também, o pessoal faz um depósito bancário e a gente envia o CD pelo correio.

Ao lado de Raineri Spohr, que faz participação do "Meu fundamento"

5- Como é a tua relação com outros músicos e compositores?


Chê, é ótima, é “Aaaaallllge” (quem não entender aguarde e siga acompanhando nossos festivais que em breve entenderá, hehe)...
Mas, mais do que isso, é extremamente necessária. Ninguém trabalha sozinho, e eu não sou diferente, basta ver que raras são as composições que faço letra e melodia, mas ainda assim necessito do trabalho dos músicos para arranja-las e executa-las. Eu costumo dizer, quando apresento a banda nos shows, que ELES são o MEU FUNDAMENTO, e é a mais pura verdade. Se hoje eu começo a ter uma certa notoriedade sem dúvida nenhuma devo isso a eles, a eles e aos outros “ermãos” que me dão a honra de dividir uma parceria e/ou o palco.
Novamente não citarei nomes pelo mesmo motivo...

Capa do seu 2º CD - Meu fundamento

6- Como é a tua relação com a mídia? Existe espaço para a divulgação do nativismo nos veículos de comunicação ou ainda precisamos melhorar nessa questão?

Bem, conforme comentei anteriormente, as facilidades tecnológicas hoje são imensas, com a Internet não existem mais fronteiras nem distâncias, um exemplo bárbaro disso foi ano passado quando, novamente numa parceria com o Fabinho (Fabio Maciel), e melodia do Juliano Moreno, tivemos satisfação de sacar o 1º Lugar e Melhor Poesia da 5º Galponeira de Bagé com a composição Frio de Maio, a qual escutei direto de Lisboa enquanto proseava pelo “msn” com o Dé Oliveira, músico, que na época morava em Sopot (Polônia) e também estava acompanhando o festival.
Só relato esse fato para mostrar a dimensão da divulgação que a “rede” nos proporciona. Eu tenho e defendo o uso de todas essas ferramentas que podem nos auxiliar nesse trabalho (Orkut, Msn, MySpace, PalcoMp3, Facebook)... Isso sem citar os Blogs e Sites que fazem a cobertura de nossos eventos junto com as emissoras de TV e Rádios (da web ou não) que nos dão um baita apoio.
Enfim, com todas essas facilidades, só não se divulga quem não quiser. Óbvio que uns tem mais acesso que outros, mas cabe a nós ir atrás desses espaços.

Durante show de lançamento do CD, ao lado de Cícero Camargo

7- Quais são as tuas referências e influências para desenvolver o teu trabalho musical?

“Por Ser Assim, venho de alma e rédeas em punho, estradeando um canto que, por terrunho, segue cruzando vaus e picadas, quebrando geada nas madrugadas, seguindo o rastro “dos que outrora foram culatra e que agora são os ponteiros dessa jornada...”
São os que o campo, por soberano, escolheu decerto pelo tutano, pra serem “ele” nas pulperias, chio de cambona nas manhãs frias, canto de sanga, mato e banhado, tinir de argola e berro de gado...
Não só por gosto, mas por vivência trago pulsando a minha querência em cada veia, pelo meu cerno, num cantochão que será eterno...
Pelas verdades que canto e falo sei que a cultura “tá” de a cavalo graças a esses índios pampeanos, respeitem Jaime, Noel, Aureliano... Porque Assim Cantam os Galos...”
Acho que com esse fragmento da apresentação que fiz para o Meu Fundamento, respondo essa questão.

8- Fale um pouco também do teu 1º CD - "Por ser assim" e qual é a música que mais te marca?

O “Por Ser Assim”... O nome desse disco já diz muito, meio que fala por si...
A minha grande preocupação nesse trabalho era “me apresentar”, era mostrar pra pessoas “o que e porque canto”, nunca desperdicei meu tempo pensando se iam gostar dessa ou daquela música, se iam gostar ou não do meu timbre, das minhas interpretações, gosto é uma coisa muito particular e que não se discute; Eu também não gosto de muito do que escuto, em contrapartida, gosto de muitas coisas que várias outras pessoas não gostam. Enfim, o que realmente me preocupava era se eu iria ou não conseguir passar para quem escutasse que aquilo tudo que ali estava gravado era sincero e verdadeiro, felizmente, pela receptividade que o cd teve vi que sim, vi que aqueles que tiveram contato com o trabalho entenderam o que eu queria e mais que isso, deram o aval que eu precisava para seguir trabalhando. E não importa quantos foram, importa é que com o que sinto, consegui tocar o sentimento das pessoas...
É... O “Por Ser Assim” cumpriu seu papel!!!

Capa do 1º CD - Por ser assim

9- Quais são os teus planos, principais objetivos para a sequência da carreira?

Meu principal objetivo é seguir fazendo o que gosto, compondo e cantando temas que me toquem e principalmente dividindo estas composições e o palco com meus “irmãos de alma e arte” e dedicando esse trabalho para aqueles que respeitam e entendem o que a gente quer passar. Pois com toda certeza o melhor de tudo que já conquistei nesse meio musical foram as amizades, tanto dentro quanto fora do palco, em cada rincão que a gente apeia vamos dividindo experiências, convicções e verdades e assim multiplicamos nosso “saber pequenininho” e temos a oportunidade de aprender muito com quem nos escuta e admira... Eu não tenho fãs, tenho amigos que compartilham das minhas verdades e por isso mesmo se identificam com meu canto.

10- Deixe um chasque para todos aqueles que te admiram e os teus contatos.

Bueno, a bem da verdade eu não me considero um artista e sinceramente nem quero me sentir assim... O que eu sou é um apaixonado pela minha terra que tento, à minha maneira, defender aquilo que acredito.

“Talvez nem seja poeta
Mas me permito cantar
À quem quiser escutar
O que me agrada ou inquieta”

... Ninguém me tira o direito de expor meus pensamentos, então se acheguem por um momento, desencilhem no oitão e escutem com coração o que diz MEU FUNDAMENTO!

Baita abraço, e gracias pelo carinho!

CONTATOS:

MSN: fabriciomarques7@yahoo.com.br
CEL: (53) 9112-2798
MySpace: http://www.myspace.com/fabriciomarques7
PalcoMp3: http://palcomp3.cifraclub.terra.com.br/fabriciomarques/
Orkut: Fabrício Marques
Comunidade: Fabrício Marques
Contato p/ shows: Terruña Assessoria de Comunicação e Marketing – (53) 3028-3230 / (53) 8125-0143 c/ Vitor

André Teixeira no Estância de São Pedro


quarta-feira, 20 de maio de 2009

Folclore Nativo no Bom Dia Campo, do Canal Rural

O grupo Folclore Nativo, de Sorocaba-SP, estará na manhã desta quarta-feira no programa Bom Dia Campo, ao vivo dos estúdios do Canal Rural em São Paulo. O programa vai ao ar a partir das 7h.
Confira um pouco da história deste grupo que tem uma proposta diferenciada e está conquistando o seu espaço:

O grupo Folclore Nativo, formado há três anos por músicos de várias vertentes, pretende conquistar o mercado musical sem perder suas características essenciais: um grupo de música regional que resgata a cultura brasileira, através de suas músicas nativistas, embora tenha conquistado, também, apreciadores de outros estilos da música.
A dedicação à música tradicional do Rio Grande do Sul deve-se a paixão do grupo Folclore Nativo por esse estilo de canção. Dois de seus membros, Ângelo e Bruno, nasceram naquele Estado, e os outros são gaúchos de coração, como afirmam: "Ser gaúcho não significa ter nascido no Rio Grande do Sul, mas seguir as tradições e levar essa cultura adiante".
Em Janeiro de 2008, conquistaram dois prêmios no VI Festival Cante uma Canção em Vacaria no Rio Grande do Sul:
1° Lugar como a Música Mais Aclamada Pelo Público, com 649 votos;
3° Lugar na classificação geral.
O Festival é realizado como parte integrante do Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria, um dos mais respeitados do país. É também um rodeio cultural, que promove diversos concursos que valorizam a tradição gaúcha como: declamação de poesia nativista, competições de violão, gaita, chula, etc.

Três de suas composições regionais já conquistaram prêmios no Festival Prêmio Sorocaba de Música:
"De Paulista pra Gaúcho" ficou em segundo lugar em 2006;
"Sonho Real" recebeu o prêmio de melhor arranjo em 2007;
"A Melhor das Tristezas" foi classificada como música mais aclamada pelo público em 2008.
Eles acreditam que, pelo fato de terem estudado a música erudita, conseguem fazer um som bem próximo do que é usado no Rio Grande do Sul. "O fato de sermos de Sorocaba é uma coincidência, já que a cidade tem laços históricos com o Rio Grande do Sul. É importante ressaltar que nossas composições são regionais, mas com características da música erudita e com elementos de São Paulo".
Conforme os compositores Rica Silva e Ângelo Varella, além das composições regionais, o grupo tem canções de outros estilos. E já conquistaram primeiro lugar em festivais de música sacra.O grupo Folclore Nativo, formado há três anos por músicos de várias vertentes, pretende conquistar o mercado musical sem perder suas características essenciais: um grupo de música regional que resgata a cultura brasileira, através de suas músicas nativistas, embora tenha conquistado, também, apreciadores de outros estilos da música.

Veja mais no site www.folclorenativo.com.br

Raineri Spohr no Estância

Nesta quinta-feira, dia 21, o Estância de São Pedro (Rua João Alfredo, 387, Cidade Baixa, Porto Alegre) tem a presença do cantor Raineri Spohr, que traz em seu show, canções do seu CD "Por campo e galpões. O evento tem início por volta das 21h.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Luiz Cardoso - Pátria Gaúcha


Numa obra que aponta na direção tanto do nativismo quanto da música gaúcha tradicional, Luiz Cardoso concebe Pátria Gaúcha exatamente com o intuito de quebrar esta fronteira imaginária. Há espaço para o genuíno apego à terra e à prenda, como em "Meu Pedaço do Rio Grande" e "Ranchito de Campo". Também há a sina do gaúcho andejo, como bem mostra "Voltando Pras Casas" e o culto à genuína amizade em "Pra Um Matear Amigo". Enfim, tudo a que o gaúcho dá mais valor está neste CD, simples e nobre.
Maio/2009

01 - Meu Pedaço do Rio Grande

02 - Ranchito de Campo

03 - Pátria Gaúcha

04 - Voltando Pras Casas

05 - Folga de Domingo

06 - O Amor

07 - Alvorecer

08 - Morena do Amanhecer

09 - Pra Um Matear Amigo

10 - Mate da Espera

11 - Essas Mágicas Mulheres

12 - Romance da Potra Estrela
Fonte: Gravadora Vertical

Jean Kirchoff e Ita Cunha - Nos festivais


Em paralelo à sua carreira discográfica conjunta, Jean Kirchoff e Ita Cunha são frequentes finalistas de festivais pelo Rio Grande afora. Este disco é uma prova irrefutável deste fato, onde só aparecem músicas de destaque no circuito, seja interpretadas em conjunto, seja pelos artistas em separado. A qualidade das composições é uma premissa básica, pois já foram premiadas. Mas o requinte dos arranjos registrados neste CD são o grande diferencial, como provam especialmente "O Laçador É o Paixão", "Pedro Pobre" e "Rincão de Posteiro".Março/2009
01 - O Laçador É o Paixão
02 - Pedro Pobre
03 - Da Estância Marca de Cruz
04 - Caborteira
05 - Sou de Campo (Mano Velho)
06 - Rincão de Posteiro
07 - Porongos, Traição ou Coincidência
08 - Trocando as "Vaca" de Campo
09 - No Ermo das Noites Largas
10 - A História na Estampa
Fonte: Gravadora Vertical