Juliano Gomes, músico de Santana do Livramento, não é desses músicos convencionais. Não faz música para vender, mas para sentir. É assim que podemos defini-lo. Premiado em muitos festivais, é o atual vencedor do festival de sua terra: Um canto para Martin Fierro. A composição Batismo, uma parceria com Sérgio Carvalho Pereira, foi a mais premiada de todas as edições.
Mais um "aluno" de Leonel Gomez, destaca-se ao lado de outros artistas como Marcelo Oliveira, Lisandro Amaral, Fabiano Torres, Luciano Fagundes e tantos outros que conquista pela estrada. Dessa parcerias, surgiu "Sensitivo". Um trabalho intimista que envolve a participação, além dele, dos compositores Evair Suarez Gomes e Fernando Soares, além da qualificada interpretação de Luíz Marenco e a participação especial de outros grandes intérpretes.
Essa proposta parte da intenção de regsitrar algumas músicas de festivais, já que são poucos CD's que chegam ao público. Além disso, são músicas para retratar a cultura gaúcha, principalmente fronteiriça, de grande sensibilidade. Canções que realmente nos tocam. Vem por aí um novo projeto chamado"Benquerenças", ao lado do talentoso André Teixeira...
Te convido a conhecer um pouco mais deste grande nome do nativismo, nesta entrevista cedida ao De terra, campo e galpão:
Mais um "aluno" de Leonel Gomez, destaca-se ao lado de outros artistas como Marcelo Oliveira, Lisandro Amaral, Fabiano Torres, Luciano Fagundes e tantos outros que conquista pela estrada. Dessa parcerias, surgiu "Sensitivo". Um trabalho intimista que envolve a participação, além dele, dos compositores Evair Suarez Gomes e Fernando Soares, além da qualificada interpretação de Luíz Marenco e a participação especial de outros grandes intérpretes.
Essa proposta parte da intenção de regsitrar algumas músicas de festivais, já que são poucos CD's que chegam ao público. Além disso, são músicas para retratar a cultura gaúcha, principalmente fronteiriça, de grande sensibilidade. Canções que realmente nos tocam. Vem por aí um novo projeto chamado"Benquerenças", ao lado do talentoso André Teixeira...
Te convido a conhecer um pouco mais deste grande nome do nativismo, nesta entrevista cedida ao De terra, campo e galpão:
Por João Cléber Caramez
1 - Como foi a concepção desse novo trabalho intitulado "Sensitivo"?
Eu, Evair e Fernando resolvemos registrar algumas de nossas obras ,já que os CD's de festivais não tem uma divulgação muito abrangente.
2 - Por que o intérprete escolhido foi Luíz Marenco?
Eu e o Marenco mantemos contato quase que diário por sermos amigos há muito tempo. Portanto, quando comentei com ele que faríamos esse disco, ele de pronto se ofereceu para interpretá-lo por se identificar muito com a proposta do disco.
Eu, Evair e Fernando resolvemos registrar algumas de nossas obras ,já que os CD's de festivais não tem uma divulgação muito abrangente.
2 - Por que o intérprete escolhido foi Luíz Marenco?
Eu e o Marenco mantemos contato quase que diário por sermos amigos há muito tempo. Portanto, quando comentei com ele que faríamos esse disco, ele de pronto se ofereceu para interpretá-lo por se identificar muito com a proposta do disco.
3 - Quais são as principais temáticas presentes na obra?
O disco "Sensitivo" trata do campo quase que especificamente. Só que a verdade do campo não é o que muitos falam, como chegar do campo e tocar um violão na frente do fogo. Esse nosso trabalho fala do homem de campo, da lida bruta, dos seus sonhos, suas paixões, das gauchadas.
4 - Evair Suarez Gomes gosta muito de trabalhar suas letras em espanhol. Podemos esperar muitas canções nesse estilo?
O Evair é como se diz... doble-chapa. Nasceu em Santana do Livramento, mas morou muito tempo do outro lado da linha, em Rivera (Uruguay). Por isso escreve muitos de seus trabalhos em espanhol ou em portunhol que é a língua falada na fronteira.
5 - Qual é o grande objetivo desse trabalho?
Sensitivo tem como objetivo maior o registro de um trabalho que já fazemos há algum tempo. Um trabalho sério que procura falar de uma maneira clara e objetiva das coisas do campo. Procura mostrar também a influência direta da cultura argentina e uruguaya que temos em nossas obras.
O disco "Sensitivo" trata do campo quase que especificamente. Só que a verdade do campo não é o que muitos falam, como chegar do campo e tocar um violão na frente do fogo. Esse nosso trabalho fala do homem de campo, da lida bruta, dos seus sonhos, suas paixões, das gauchadas.
4 - Evair Suarez Gomes gosta muito de trabalhar suas letras em espanhol. Podemos esperar muitas canções nesse estilo?
O Evair é como se diz... doble-chapa. Nasceu em Santana do Livramento, mas morou muito tempo do outro lado da linha, em Rivera (Uruguay). Por isso escreve muitos de seus trabalhos em espanhol ou em portunhol que é a língua falada na fronteira.
5 - Qual é o grande objetivo desse trabalho?
Sensitivo tem como objetivo maior o registro de um trabalho que já fazemos há algum tempo. Um trabalho sério que procura falar de uma maneira clara e objetiva das coisas do campo. Procura mostrar também a influência direta da cultura argentina e uruguaya que temos em nossas obras.
6 - Tu acreditas que os trabalhos lançados pelo cenário nativista são bem divulgados e tem boa aceitação pelo público?
Aí é que está o foco que deve ser abordado. A divulgação. Vivemos num mundo que se diz globalizado, mas que só divulga o que é comercial. O que é comercial vende e o que é mais intimista fica nas prateleiras. A música é muito importante para a cultura de um povo. Para ser sincero, não quero que meus filhos e meus netos cresçam ouvindo só o que a televisão nos impõe. Quero deixar para eles algo de bom e produtivo. Algo de fundamento.
7 - Nos festivais, quais são as tuas participações mais recentes? E as principais premiações?
Comecei nos festivais no ano de 1988 tocando gaita de botão. Com o tempo, peguei apreço pelo violão e pelo baixo. Eu já tinha em anos anteriores algumas parcerias com o Joca Martins e o Adriano Gomes. A partir de 2001, comecei a compor mais e levar a composição mais a sério. Já fui premiado em festivais como Sapecada, Martin Fierro, Vigília, Gauderiada, Reculuta, Ronda de São Pedro, Nevada, Ponche Verde, Canto dos Cardeais, Canto sem fronteira, Galponeira, etc.
Aí é que está o foco que deve ser abordado. A divulgação. Vivemos num mundo que se diz globalizado, mas que só divulga o que é comercial. O que é comercial vende e o que é mais intimista fica nas prateleiras. A música é muito importante para a cultura de um povo. Para ser sincero, não quero que meus filhos e meus netos cresçam ouvindo só o que a televisão nos impõe. Quero deixar para eles algo de bom e produtivo. Algo de fundamento.
7 - Nos festivais, quais são as tuas participações mais recentes? E as principais premiações?
Comecei nos festivais no ano de 1988 tocando gaita de botão. Com o tempo, peguei apreço pelo violão e pelo baixo. Eu já tinha em anos anteriores algumas parcerias com o Joca Martins e o Adriano Gomes. A partir de 2001, comecei a compor mais e levar a composição mais a sério. Já fui premiado em festivais como Sapecada, Martin Fierro, Vigília, Gauderiada, Reculuta, Ronda de São Pedro, Nevada, Ponche Verde, Canto dos Cardeais, Canto sem fronteira, Galponeira, etc.
8 - Conte um pouco da tua trajetória musical e deixe um chasque para os teus admiradores.
Meu recado é sempre o mesmo...
Cada um tem que procurar fazer a sua parte.
Ninguém pode mudar o mundo sozinho.
Mas o principal de tudo tá na educação.
Temos que ensinar nossos filhos a terem uma vida digna.
A respeitar pra ser respeitado.
E quanto à minha profissão: acho que cada um faz a sua música e não existe uma música melhor do que a outra. Existe sim o bom e o mau gosto.
Mas procurem mostrar pros seus filhos músicas que tenham um conteúdo. Que falem algo verdadeiro. Que tenham algo mais do que um simples balanço.
Um abraço a todos.
Cada um tem que procurar fazer a sua parte.
Ninguém pode mudar o mundo sozinho.
Mas o principal de tudo tá na educação.
Temos que ensinar nossos filhos a terem uma vida digna.
A respeitar pra ser respeitado.
E quanto à minha profissão: acho que cada um faz a sua música e não existe uma música melhor do que a outra. Existe sim o bom e o mau gosto.
Mas procurem mostrar pros seus filhos músicas que tenham um conteúdo. Que falem algo verdadeiro. Que tenham algo mais do que um simples balanço.
Um abraço a todos.
Acesse o blog: www.julianochamacogomes.blogspot.com
*Fotos: Blog Juliano Gomes
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