terça-feira, 7 de julho de 2009

Entrevista (repostada) - Mauro Moraes

O De terra, campo e galpão reposta desta vez, uma entrevista feita feita com Mauro Moraes através do blog De campo e alma. Confira:

Mauro Moraes abre cancha com seu 13º CD: Fronteira


Mauro Moraes, um dos grandes compositores da música nativista, lançou recentemente o seu 13º CD intitulado “Fronteira”. As suas temáticas campeiras e a vida do fronteiriço descrita em versos são algumas características de seu trabalho. Veja a seguir, a entrevista concedida ao “De campo e alma”:

Por João Cléber Caramez


1 - Como foi a concepção do teu 13° CD - Fronteira - recentemente lançado?
Moraes- A idéia era de cantar e contar a fronteira sua gente, suas pacholices, lides e gauchadas. Os temas foram cuidadosamente elaborados variando hora do imaginario artístico, hora de experiências vividas do autor e de seus parceiros (todos de fronteira) como Anomar Danúbio Vieira, Evair Gomes, Gujo Teixeira, Fernando Soares. Inclusive, a canção que empresta o título FRONTEIRA foi composta em parceria com Anomar especialmente para o CD já com o pensamento voltado para a participação especial da dupla Cesar Oliveira e Rogério Melo até mesmo antes de convidá-los.


2 - Anos atrás, tu disseste que não tinha pretensões de ser cantor. Como tu firmaste essa idéia e continuas cantando?
Moraes - É verdade mas existem várias maneiras de exercitar a composição e eu descobri que a visão e a sonoridade das palavras, só o autor consegue identificar sua verdadeira definição, assim tenho me dedicado e dentro dos meus limites tenho alcançado progressos.


3 - Qual tua opinião sobre as parcerias musicais com as que tu já fizeste com César Oliveira e Rogério Melo, Luíz Marenco...?
Moraes - Tenho uma gratidão com todos aqueles que ao emprestar sua vocação artística, qualificam por demais meus trabalhos dando vida e alma aos mais variados temas e melodias. Para estar comigo não basta ser talentoso tem que ser meu amigo, confiar e acreditar naquilo que penso, escrevo e componho, então a partir disso tenho sempre que possível convidado alguns para participar.


4 - Qual foi o melhor disco pra ti, aquele que mais te emocionou?
Moraes - Não tenho o melhor disco, todos tem a sua emoção, sua inspiração, sua importância, alguns mais, outros menos mas na média tudo foi muito prazeiroso fazer. Tenho sim, muita saudade de alguns amigos que juntos colaboraram para que tudo desse certo MARCELO CAMINHA, DIEGO CAMINHA, EDILBERTO BERGAMO, LUIZ MARENCO, JOSÉ CLÁUDIO MACHADO e BEBETO ALVES, gente que hoje tenho visto muito pouco mas os tenho guardado dentro do meu coração.


5 - O campo, suas peculiaridades e Uruguaiana são temas bastante comuns em tuas composições. Fale um pouco para nós sobre a tua inspiração para compor.
Moraes - O campo é uma fonte inesgotável e quanto a compor, componho por intuição, lido muito com meu estado de espírito e a inspiração é a minha melhor amiga. Uruguaiana - muita falta, muita saudade de tudo e de todos...


6 - Muitas premiações em festivais, discos bem aceitos no cenário nativista, mas quais são os teus objetivos? Tu almejas realizar algo que ainda não teve oportunidade?
Moraes - Meus objetivos ainda são os mesmos, continuar a fazer amigos, compondo com a vida, mateando e tocando violão. Quanto ao resto eu sei o que eu não quero almejar: Conquistar a distante e burra unanimidade sobre tudo que escrevo.

7 - O mate está lavado e a milonga silenciou. Deixe um chasque bem gaúcho para os amantes do nativismo e da musicalidade única de Mauro Moraes.
Moraes - Bueno então algo para pensar "A profundidade de analise de alguns nas artes, nas letras, uma formiga passa com água pelas canelas", no más era isso, me queiram bem que não custa nada, baita abraço!

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