Ainda neste ano, tivemos a alegria de ver o grupo catarinense Pátria Sulina na disputa de um prêmio internacional. Veja matéria publicada por ZH em 28 de agosto.
Nativismo lageano disputa o Grammy Latino
Pátria Sulina concorre a uma indicação ao prêmio internacional com o seu segundo CD, Campanha, lançado em agosto de 2008
Pátria Sulina concorre a uma indicação ao prêmio internacional com o seu segundo CD, Campanha, lançado em agosto de 2008
A música de Santa Catarina pode ser reconhecida neste ano como uma das melhores do mundo. Pela primeira vez, o Estado terá um representante no Grammy Latino que, a exemplo do Oscar para o cinema, premia os talentos musicais e os projeta para o planeta inteiro.Quem defende a bandeira catarinense no concurso internacional é o Pátria Sulina, de Lages. Fundado em 14 de outubro de 2004, o grupo apresenta canções nativistas que falam da terra, da natureza, da lida campeira, do tropeirismo, da história, da família, de Deus e do homem como ser que evolui para realizar boas ações durante a vida.
A ideia de montar o grupo partiu de seu fundador, Adriano Posai, de 31 anos, que há 20 tem uma ligação direta com o tradicionalismo, desde que dançava num Centro de Tradições Gaúchas (CTG).Em quase cinco anos de história, o Pátria Sulina gravou dois CDs. O primeiro, intitulado Com a força livre do Sul, foi lançado em 2006. O segundo, Campanha, saiu em agosto do ano passado.E foi este trabalho que chegou aos ouvidos dos organizadores do Grammy Latino. O álbum conta com as participações especiais de “mestres” da canção nativa, como Luiz Marenco, Nilton Ferreira, Marcelo Oliveira, Pedro Jr. da Fontoura, Bento Ventura e, uma mais especial ainda, a filha de Adriano Posai, a pequena Ana Maria Barbosa Posai.
Com apenas seis anos de idade, ela gravou com o pai a bela Ciclo Eterno, com letra e música de Emerson Goulart, e que fala do amor entre as gerações de uma mesma família. Adriano e Ana Maria emocionaram o público na 8ª Sapecada da Serra Catarinense, evento paralelo à 16ª Sapecada da Canção Nativa, durante a 20ª Festa Nacional do Pinhão, no ano passado. A canção não foi a vencedora, mas integra o CD duplo com as 32 melhores músicas do festival que é um dos principais do mundo no gênero.– Até eu me emociono quando canto Ciclo Eterno com a minha filha. É, sem dúvidas, um dos pontos fortes do nosso trabalho – diz Adriano.
A vaga do Pátria Sulina ao Grammy Latino surgiu quando a organização do prêmio solicitou à Gravadora Vertical, de Caxias do Sul (RS), que indicasse quatro trabalhos na linha regional, que no ano passado teve a dupla Chitãozinho e Xororó em primeiro lugar. Dos quatro indicados pela Vertical, três são do Rio Grande do Sul e um de Santa Catarina, o Pátria Sulina. Tanto o grupo como a gravadora sabem apenas que o álbum Campanha está sendo rigorosamente avaliado no que se refere à obra como um todo, do histórico do material aos arranjos e às fotos. No caso do Pátria Sulina, as fotos do CD foram feitas na Fazenda Cajuru, na região da Coxilha Rica, em Lages, por onde passaram, há 300 anos, inúmeras tropas que eram levadas do Sul ao Sudeste do Brasil. Construída em 1865, a fazenda está tombada como patrimônio histórico de Santa Catarina.– Nos telefonaram para dizer que estamos concorrendo e para pedir alguns dados, mas não deram detalhes de como está a avaliação dos trabalhos e nem mesmo quando será a entrega dos prêmios, o que deve ocorrer até o fim do ano. Mas independente de qualquer resultado, já somos vencedores, pois é um fato histórico para Santa Catarina, e vai proporcionar que a música do nosso Estado passe a ser referência no Brasil e no mundo – conclui Adriano Posai.
Agora, temos a indicação de mais um grupo em uma categoria específica do Grammy Latino. Veja na matéria de Giovani Grizotti, no seu blog Roda de Chimarrão:
Os Serranos na final do Grammy Latino
É com muito orgulho que o blog anuncia: o grupo Os Serranos é finalista na categoria "Best Native Brazilian Roots" (em tradução livre, melhor álgum de música nativa de raiz) ao Grammy Latino. A indicação é pelo álgum 40 Anos, Sempre Gaúchos, que foi gravado ao vivo no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre.
Embora não seja de música de raiz, o grupo Tchê Guri também concorre na mesma categoria pelo álbum "A Festa", juntamente com o cantor sertanejo Daniel, a banda do Mato Grosso do Sul Tradição e o cantor Mazinho Quevedo.
O feito é inédito para a música gauchesca, uma vez que o Grammy é um dos principais prêmios da música mundial. Embora não concorra na categoria internacional (a categoria na qual Os Serranos e Tchê Guri concorrem foi criada especialmente para o Brasil), esses músicos gaúchos tem motivos de sobra para comemorar. Parabéns tchê!
Embora não seja de música de raiz, o grupo Tchê Guri também concorre na mesma categoria pelo álbum "A Festa", juntamente com o cantor sertanejo Daniel, a banda do Mato Grosso do Sul Tradição e o cantor Mazinho Quevedo.
O feito é inédito para a música gauchesca, uma vez que o Grammy é um dos principais prêmios da música mundial. Embora não concorra na categoria internacional (a categoria na qual Os Serranos e Tchê Guri concorrem foi criada especialmente para o Brasil), esses músicos gaúchos tem motivos de sobra para comemorar. Parabéns tchê!
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