Isso mesmo: Luciano Szafir e Cláudia Raia são alguns dos atores que contarão a história da Revolução de 1923 - que foi marcada pelas degolas. Mais uma vez um entrevero gaúcho será contado em filme, e as equipes já estão no Estado para as filmagens de A Fronteira de Sangue, que também terá no elenco Carlos Vereza. A escolha do tema e dos atores foi do cineasta Ricardo Zimmer e do produtor Oscar Dias. A produção é da Beagle Films Productions, com coordenação Cinema Independente do Brasil.
Na sinopse do filme, uma palhinha do que veremos no telão:
"A rivalidade que nessa época e nesse tempo em que lutar pela liberdade tornou-se um ato de heroísmo, o espectro das degolas no pampa gaúcho, trouxe o terror, o medo e o desafio de sobreviver ao ódio dos chimangos e maragatos que por bem ou por mal desafiaram o maior sentido do homem dos pagos: a conquista da Pátria da gaucha. O enredo faz uma releitura dos limites do gaúcho dos dias de hoje ao gaúcho da última revolução que ocorreu no ano de 1923. Como numa espécie de fronteira onde a violência nos pampas foi a marca do horror e da propagação de idéias radicais e fora dos contextos para a época.Da fazenda que foi palco também desses acontecimentos e que nos dias de hoje um novo destino é traçado pela visão desse menino que guarda besouros, gafanhotos, vaga-lumes em vidros e junto com seu avô gremista e ele inveterado colorado recriam juntos uma verdadeira odisséia de paixão, vida, orgulho de serem gaúchos."
-Bueno, vamos aguardar o resultado de mais esta produção sobre o Estado! A Revolução de 23.
Bueno, aí vão algumas pesquisas feitas sobre esta revolução, que iniciou em Carazinho, em 24 de janeiro de 1923, e foi uma das mais sangrentas ocorridas no Estado, conhecida pela prática da degola. Na época, duas facções lutavam pelo poder no Rio Grande do Sul: o Partido Republicano Rio-Grandense, situacionista, e a Aliança Libertadora, de oposição, apelidadas popularmente de pica-paus e maragatos, respectivamente. "A Revolução de 1923 foi considerada o mais sério abalo ao poder do Presidente do Rio Grande do Sul, Borges de Medeiros, e representou uma disputa entre diferentes segmentos da elite gaúcha. O primeiro motivo da Revolução foi a reeleição fraudulenta de Borges para o quinto mandato, fato que não foi aceito pelo Partido Republicano Democrático (PRD), fundado em 1908, sob a liderança de Assis Brasil. O segundo motivo situou-se no campo econômico, quando os pecuaristas decadentes rebelaram-se contra Borges, pelo fato de ele estar investindo no Porto de Rio Grande, ao invés de investir na pecuária. O final do conflito veio com o Pacto de Pedras Altas, pelo qual Borges de Medeiros terminaria o mandato, mas não poderia mais concorrer à reeleição. Mesmo, assim, na eleição seguinte, em 1928, o Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), do qual Borges era o "Chefe", continuou no poder, através de Getúlio Vargas, que governou o Estado do Rio Grande do Sul até 1930."
(Fonte: Museu da República - República On-line)
*Fonte: Blog ABC do Gaúcho - www.jornalnh.com.br/abcdogaucho
Nenhum comentário:
Postar um comentário