domingo, 6 de dezembro de 2009

A Califórnia voltou. E muito bem.

A Califórnia voltou. Já estávamos com saudades. Fazia tempo que as asas da calhandra não batiam e também já sentia a falta dos sonidos de Uruguaiana. O sentimento por ela é especial. Ela é a primogênita e temos sempre um carinho especial. O seu nome pesa, é nostálgico e muitas composições que se tornaram clássicos da música nativista sairam de seu palco. A 36ª foi realizada nos moldes das primeiras edições: na Pastoril, com a sua tradicional divisão por linhas na premiação e o símbolo máximo chamado Calhandra de Ouro.
Não pude acompanhar de perto. Estive sempre ligado na internet para ouvir o que acontecia por lá. E foi movimentada. O seu retorno teve uma triagem direta, sem eliminatórias pelo estado como já teve em seu formato em outros momentos. Teve chuva que fez adiar a final do sábado para o domingo à tarde. Teve discussão em torno de uma música que não seria inédita e passou para a final. Enfim, apesar de pequenos percalços, pelo que ouvimos, tivemos uma boa organização, apoio para ser realizada, presença de um bom público para prestigiar, músicas de qualidade; ou seja, todos os elementos para a realização de um bom festival.
O melhor de tudo: a próxima edição já está confirmada para a primeira semana de dezembro de 2010. Com o planejamento a longo prazo, teremos a Califórnia fortalecida novamente e com o prestígio que nunca deixou de ter. A geração de meu pai vivenciou as primeiras edições que revelaram eternas canções e agora, a minha geração tem a oportunidade de vivenciar esse novo ciclo, que já temos presenciado há alguns anos e dar sequência à bela história desse festival, que se confunde com a própria história do nativismo. A sanga do Pedro Lira é a 36ª vencedora da Calhandra de Ouro e marca um recomeço de uma trajetória de sucesso do primeiro festival do movimento nativista. Parabéns aos organizadores, porque a Califórnia voltou. E muito bem.

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